segunda-feira, 24 de julho de 2017

Atividade dia 2/8 - Abdias do Nascimento - ATIVIDADE EAD (não necessária a presença física)

Assista o documentário promovido pela TV Senado ABDIAS RAÇA E LUTA e participe do FÓRUM por meio de comentários a esse post.
Link do documentário


As postagens serão em grupo de 3 ou 4 e devem ser postadas SOMENTE no período da aula das 8h às 10h do dia 2/8. Um do grupo deve postar e colocar os RAs e nomes de todos.
É desejável que as postagens dialoguem entre si.

*** Responder também aos comentários da moderadora a sua resposta.

O fórum será realizado a partir da primeira pergunta, a da moderação, que deverá ser respondida por um grupo e o grupo seguinte deve comentar o anterior, ou seja, deverá ser desenvolvido um diálogo a partir dos comentários dxs colegas.

Questão inicial
A partir da narrativa de Abdias do Nascimento no documentário assistido, apresente a formulação do conceito de racismo e a argumentação em defesa deste conceito. Atente para a performance do autor, o modo como ele se expressa, suas inquietações e seus locais de fala e de como isso interfere em seus discursos.



112 comentários:

  1. Andréa Paradella de Oliveira, 11201722845
    Eduarda Madeira,11201721509
    Thiago Lopes, 11201720558
    Vinicius Souza Fernandes, 11201720206

    Abdias do Nascimento, discorre durante sua vida sobre as questões raciais no Brasil, e mais do que um pesquisador, ele fala enquanto negro numa sociedade de resquícios escravagistas. O documentário retrata de forma fidedigna através da óptica de Abdias o racismo estrutural exacerbado existente na sociedade brasileira, enquanto negro, militante, tentou de inúmeras formas através de suas obras, pinturas e vida pública combater o preconceito que tanto sofria, ele e seu povo, explicitando uma questão, antes, velada. Mesmo alcançando notória visibilidade, observa-se que o sistema e sociedade com resquícios coloniais tentavam o sufocar de todos os modos. Como o próprio disse: " Em matéria de relações raciais, em relação da atitude do Brasil para com o negro, ele continua o mesmo. O negro sempre discriminado, o negro sempre obedecendo e o branco sempre mandando."
    O que ele mostrou em vida e durante sua luta, e mesmo após sua morte é o racismo enraizado e não obstante, que ainda vive nos dias atuais.

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    1. Luiza Fernandes 21006114
      Letícia Gonçalves 21010414
      Nathalia Gastaldo 11201721250

      Quanto a local de fala, observamos que ele foi um grande nome especialmente por ser negro e defender o protagonismo negro. Como ele coloca na entrevista, quando relata seus estudos nos EUA, o negro era estudado, mas não elaborava estudos sobre si mesmo. Ele não aceitou esse sistema e o contestou.

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    2. As caracteriscas podem ser vistas através das posições que o negro ocupa ainda na sociedade, nunca sendo protagonista de sua própria história, que não possui uma força política ativa, que tem sua cultura negada. Abdias afirma que o racismo existente e persistente no Brasil é tratado de forma velada e quase sempre naturalizado em se tratando de relações sociais, de cargos políticos e de posições hierárquicas. O racismo é uma característica estrutural da sociedade, e mudar a estrutura social é algo extremamente conplicado, por isso o negro tem que se impor diante do racismo mascarado. Abdias usa suas obras, sua arte, e sua militância para se por como ator de sua história na formação do Brasil enquanto negro.

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Gabriel Fernandes - RA 11201720502
      Gabrielle Antoniassi - RA 11201722564
      Kamila Alves - RA 11201721196
      Mariana Urrestarazu - RA 11201722618

      Complementando a resposta da colega Luiza Fernandes acerca do auto-exílio de Abdias nos Estados Unidos, vale destacar que seu objetivo acadêmico foi buscar entender os problemas da educação e da cultura do negro neste país. Ao decorrer de seus estudos, Nascimento percebeu a necessidade do negro de sair do papel passivo de objeto de estudo para protagonizar as pesquisas realizadas condizentes ao seu grupo étnico, o que contribuiria para a sua participação e influência na cultura do país - tanto nos Estados Unidos, quanto em outras localizações, como no Brasil.

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    5. Grupo Andréa Paradella de Oliveira, 11201722845
      Eduarda Madeira,11201721509
      Thiago Lopes, 11201720558
      Vinicius Souza Fernandes, 11201720206

      Excelente! gostei da forma que enfatizaram o protagonismo e também o tipo específico de racismo brasileiro.

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    6. GRUPO Gabriel Fernandes - RA 11201720502
      Gabrielle Antoniassi - RA 11201722564
      Kamila Alves - RA 11201721196
      Mariana Urrestarazu - RA 11201722618
      Bom, porém, não responde sobre a questão central (RACISMO).

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  2. Juliana de Almeida - 11201720802
    Kelly Costa - 11201721742
    Marcos Souza - 11201722821
    Tiago Silva - 11201721490

    Para Abdias do Nascimento, homem negro contemporâneo do recente pós abolicionismo, o
    racismo brasileiro se trata de um sistema que visa manter as relações de dominação do branco
    sobre o negro. Segundo ele, esse sistema consiste em um genocídio não só literal, através da
    força policial, mas também através da discriminação da cultura de matriz africana e do
    aprisionamento em trabalhos subalternos, entre outros, fazendo da população negra uma
    maioria marginalizada, minorizada. Desse modo, o autor analisa e crítica as maneiras
    estruturais com que o racismo serve de agente para que o povo negro seja encarcerado; antes
    nas senzalas, hoje nas periferias que margeiam uma sociedade esteticamente europeia
    renegadora de sua identidade negra.

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    1. Durante toda sua vida , Abdias teve que lutar para que recebesse um tratamento comum. O tratamento racista que ele recebeu desde muito jovem, informou profundamente a sua produção intelectual e seu ativismo. Aos 14 anos, seus empregadores ordenaram que se juntasse aos animais na parte traseira de uma carroça, mais tarde, foi desligado do exército por um incidente racista, quando se rebelou em um estabelecimento que não aceitava sua entrada pela entrada dianteira, apenas pelos fundos. Foi também obrigado a exilar-se do Brasil por sua conduta em pról dos direitos negros. Durante todo o comentário fica claro que quase todo o seu sofrimento não teria ocorrido se sua pele e seus traços fossem de um homem branco. É disso que se trata, um racismo estrutural, e sistemático que cerceia direitos e que atravessa a vida dos indivíduos. Tendo Zumbi como inspiração, Abdias nunca se deixou levar por essa suposta posição de inferioridade imposta a ele, sempre reagindo com fibra e altivez.

      Juliana de Almeida - 11201720802
      Kelly Costa - 11201721742
      Marcos Souza - 11201722821
      Tiago Silva - 11201721490

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    2. Infelizmente o comentário postado pela Kelly não pode ser formatado aqui no blogspot.

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    3. Ps: Pedimos desculpas pela formatação do post, mas o blog não permite a correção. Deixamos assim porque excluí-lo mudaria a ordem das postagens, portanto a dinâmica da atividade.

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    4. Gabriela de Lima Lopes – R.A.: 11201720478
      Giulia Petinelli Vernaglia – R.A.: 11201722742
      Stefanie Paiva de Assis – R.A.: 11201722062

      Abdias também ressalta a falta de conhecimento dos negros sobre sua própria história, já que a mesma foi sendo “apagada” por interesse dos povos dominantes. Para ele, é um crime que os negros não conheçam mais sobre sua origem e cultura, fazendo-os acreditar que são um povo “inferior” e naturalmente “dominado”; seria também um genocídio cultural? A inserção sobre cultura africana nas escolas é um método para diminuir a grande vantagem de séculos dos brancos sobre os negros que Abdias cita no documentário.

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    5. Juliana de Almeida - 11201720802
      Kelly Costa - 11201721742
      Marcos Souza - 11201722821
      Tiago Silva - 11201721490

      "É disso que se trata, um racismo estrutural, e sistemático que cerceia direitos e que atravessa a vida dos indivíduos. Tendo Zumbi como inspiração, Abdias nunca se deixou levar por essa suposta posição de inferioridade imposta a ele, sempre reagindo com fibra e altivez".
      Excelente! Belíssimo, original e forte! Além disso, responderam o comentário.

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  3. Luiza Fernandes 21006114
    Letícia Gonçalves 21010414
    Nathalia Gastaldo 11201721250

    Abdias Nascimeto participou ativamente da militância do movimento negro no Brasil. Atuou como Senador pelo PDT onde propunha projetos sempre voltados pela população negra, como a definição do dia 20 de novembro como o dia da consciência negra. Colocou em pauta a questão de cotas racias enquanto uma política pública de reparação para a população afro-brasileira. Ajudou a fundar o movimento negro unificado. Defende a importância do negro ser protagonista das suas ideias e teorias. E em um movimento estético que seria a afirmação desta cria o teatro experimental negro. Em entrevista ao Jornal Brasil de Fato em 31/05/2011, Abdias afirma que o racismo no Brasil de caracteriza pela covardia. Certamente pelo fato de enquanto sociedade perpetuarmos o mito da democracia racial e nem ao menos colocamos em debate a questão da discriminação racial. A militancia e engajamento de Abdias caminha neste sentido de resistência, de pautar as questões da população negra e colocar em debate/escancarar para a sociedade o racismo que existe e é latente em nossa sociedade.

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    1. Fonte utilizada:https://www.brasildefato.com.br/node/5078/

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    2. Victor Ditzel Fazani: 11201722768
      Bruno Rodrigues: 11201722635
      João Pedro Cambusano Miranda: 11201722783
      Abdias do Nascimento também foi muito importante para a representatividade dos negros no teatro brasileiro. A sua luta por representatividade teve seu pontapé inicial quando Abdias se depara com uma peça teatral no Chile, aonde o personagem principal era negro, porém o ator era um homem branco pintado, como que representando uma caricatura. Esse ponto ficou marcado para Adbias como algo que precisava ser modificado. Quando voltou ao Brasil, foi sentenciado a cumprir pena na penitenciária do Carandiru, por conta de ter resistido a casos de racismo anteriormente, e lá dentro da prisão cria o Teatro do Sentenciado, utilizando as habilidades que obteve em suas viagens pela América Latina. Além disso, dentro da prisão ajudou também na criação de um jornal dos presos.
      Após sua saída da prisão, Adbias funda o Teatro Experimental do Negro, uma iniciativa para incentivar os negros na atuação em peças, já que apenas brancos tinham essa posição na época. Fundado em 1944, o teatro, além de incluir o negro no cenário teatral, tinha com o objetivo de contestar a legitimidade da estética branco-europeia no Brasil, e demonstrar que o negro também poderia fazer teatro.

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    3. Segundo o documentário, ele lutou pelo reconhecimento do racismo como crime, enquanto senador, lutou pela implementação de políticas públicas voltadas aos negros (como as cotas,por exemplo, sendo que ele estava à frente em discussões que só muito mais tarde ganharam força, como as cotas no mercado de trabalho). Além disso, foi fundamental para que o dia da Consciência Negra fosse no dia 20 de novembro (morte do Zumbi de Palmares) e não no dia da abolição (13 de maio). Isso é importante porque, para ele, a Lei Áurea faz parte do racismo estrutural, enquanto Zumbi foi um grande nome da resistência e luta negra.
      Ele participou da criação do MNU e Memorial Zumbi, da demarcação do territorio quilombola, levou sua militância para a política institucional e, com a sua candidatura ao senado pelo partido PDT, criou projetos voltados para população negra. Ele abriu para sociedade a discussão sobre o racismo, fez
      propostas de ações afirmativas, para garantir acesso a quetões afirmativas, e foi essencial para a criação do estatuto da igualdade racial.

      Quanto ao Teatro Experimental do Negro, foi mais uma das atividades que encabeçou, o qual contesta a legitimidade da estética brasileira branca europeia e a caricaturização do negro. Quando representado pelo teatro hegemônico, sempre foi de forma pobre, através de sempre os mesmos personagens, caricaturizados por artistas brancos (black face).
      Para Abdias, ė importante que os negros saibam manipular a cultura letrada e reproduzir no palco a questão e problema dos negros.

      Por fim, ele também se esforçou em resgatar a importância da matriz africana na formação da cultura brasileira. A história coloca o escravizado enquanto um povo subjulgado que não resistia, tentando apagar a resistência da nação quilombola.

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    4. Segundo o documentário, ele lutou pelo reconhecimento do racismo como crime, enquanto senador, lutou pela implementação de políticas públicas voltadas aos negros (como as cotas,por exemplo, sendo que ele estava à frente em discussões que só muito mais tarde ganharam força, como as cotas no mercado de trabalho). Além disso, foi fundamental para que o dia da Consciência Negra fosse no dia 20 de novembro (morte do Zumbi de Palmares) e não no dia da abolição (13 de maio). Isso é importante porque, para ele, a Lei Áurea faz parte do racismo estrutural, enquanto Zumbi foi um grande nome da resistência e luta negra.
      Ele participou da criação do MNU e Memorial Zumbi, da demarcação do territorio quilombola, levou sua militância para a política institucional e, com a sua candidatura ao senado pelo partido PDT, criou projetos voltados para população negra. Ele abriu para sociedade a discussão sobre o racismo, fez
      propostas de ações afirmativas, para garantir acesso a quetões afirmativas, e foi essencial para a criação do estatuto da igualdade racial.

      Quanto ao Teatro Experimental do Negro, foi mais uma das atividades que encabeçou, o qual contesta a legitimidade da estética brasileira branca europeia e a caricaturização do negro. Quando representado pelo teatro hegemônico, sempre foi de forma pobre, através de sempre os mesmos personagens, caricaturizados por artistas brancos (black face).
      Para Abdias, ė importante que os negros saibam manipular a cultura letrada e reproduzir no palco a questão e problema dos negros.

      Por fim, ele também se esforçou em resgatar a importância da matriz africana na formação da cultura brasileira. A história coloca o escravizado enquanto um povo subjulgado que não resistia, tentando apagar a resistência da nação quilombola.

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    5. Luiza Fernandes 21006114
      Letícia Gonçalves 21010414
      Nathalia Gastaldo 11201721250

      Excelente, não somente pelo empenho em sistematizar a vida e ações de Abdias, mas pelo diálogo estabelecido e lembrança do lugar de fala.

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    6. Victor Ditzel Fazani: 11201722768
      Bruno Rodrigues: 11201722635
      João Pedro Cambusano Miranda: 11201722783

      Bom, respondeu a questão da moderadora,mas não a central da atividade (relacionada ao RACISMO).

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Ana Carolina Casagrande RA 11201721024
    Gabriel Borges RA 11201722366
    Mariana Maffei RA 11201722609
    Piethra Martinelli RA 11201722053
    Talita Rodrigues RA 11201720424



    Dando continuidade aos comentários anteriores, para o autor o racismo no Brasil se caracteriza pela covardia, ou seja, ele não se assume como em outros lugares. Costumam o descrever como sutil, mas isto é um equívoco. Ele não é nada sutil, pelo contrário, para quem não quer se iludir ele fica escancarado ao olhar mais casual e superficial. O olhar aprofundado só confirma a primeira impressão: os negros estão mesmo nos patamares inferiores, ocupam a base da pirâmide social e lá sofrem discriminação e rebaixamento de sua autoestima em razão da cor.
    Além disso o racismo teve diversas repercussões na sociedade brasileira, como explicita Abdias, por exemplo na defasagem do ensino sobre os negros e suas raízes nas escolas, defasagem que também contempla os livros didáticos sobre esse assunto que são usados de forma rasa e muitas vezes preconceituosa.
    Como è expresso no documentário, Abdias sempre se inquietou quanto a posição do negro na sociedade brasileira e com apenas 14 anos já se posicionou contra a submissão que era imposta ao negro pelos brancos em uma situação vivida por ele mesmo. Durante sua trajetória teve diversos locais de fala com menor e maior importância frente a sociedade como quando era pintor, escritor, professor e politico, mas nunca se omitiu frente a essa problemática, tendo até brigas corporais por este motivo. Contudo foi na sua fase política que seu discurso teve maior representatividade e impacto social como podemos ver em diversas passagens do documentário.
    Sua performance, independentemente de seus locais de fala, sempre se apoiaram em muito estudo e em muito conhecimento de causa. Além disso sempre buscou através de sua voz e de movimentos sociais revolucionários como o teatro do negro, proporcionar uma maior reflexão da sociedade quanto ao racismo e suas consequências

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    1. Beatriz Belmonte RA: 1120172244
      Daniela Amaral de Paula RA: 11201720828
      Fernando Juniti Obata RA: 11201722691
      Luana de Camargo Vieira RA: 11201721832

      Complementando o comentário acima, Abdias pontuava de maneira enfática a importância do espaço de fala do negro. Isso é notório quando observamos que na sua trajetória de vida uma de suas objeções era a de que em peças teatrais que falavam da vida do negro brasileiro não haviam atores negros que representassem isso, mas sim atores brancos que se caracterizavam de negros, de uma maneira bem caricata ("blackface"). A sua militância dentro do teatro possibilitou que a discussão quanto a representatividade negra não se restringisse apenas a esfera cultura e artística, mas também a esfera pública e política. Ele afirmava que os negros deveriam ocupar uma posição no Estado para que houvesse a promoção da igualdade, contudo isso não se deve ao fato dele apenas ser negro mas por sua competência, e é dever do poder público dar condições a população negra para que possam alcançar isso.
      De igual maneira, Abdias enfatizava a importância do protagonismo negro. Para ele, tal protagonismo não se restringia somente a ocupação dos espaços de fala mas também ao conhecimento de sua origem e sua história, não como um coadjuvante, mas sim como um propulsor essencial para a formação da sociedade e da cultura brasileira.

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    2. Houve várias situações como quando o autor tinha catorze anos e confrontou uma situação racista se impondo como tão digno quanto uma pessoa branca. Outro exemplo foi sua indignação quando foi impedido de entrar pelas portas da frente de um bar por ser negro. Também podemos citar a criação do Teatro Experimental do Negro pelo autor, onde ele combatia o racismo por meio do enaltecimento do negro que antes não tinha visibilidade no teatro, e era interpretado por atores brancos.
      Abdias, com seu ativismo político, se impôs como negro e criou políticas públicas afirmativas que possibilitaram a inserção dos negros nos diversos setores da sociedade. Ele também revolucionou, como professor, o estudo da história africana, que antes era redigida por brancos.

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    3. Beatriz Belmonte RA: 1120172244
      Daniela Amaral de Paula RA: 11201720828
      Fernando Juniti Obata RA: 11201722691
      Luana de Camargo Vieira RA: 11201721832

      Abdias vivenciou diversos momentos de racismo, destacando em seu documentário especialmente os seguintes momentos: quando foi ao teatro assistir Imperador Jones, ele observou que o papel principal era feito por um branco que se pintava de negro, o que fez com que ele entendesse a importância de criar um teatro negro no Brasil. Sendo assim, foi para a Argentina estudar por 1 ano e ao voltar para o Brasil, é preso no Carandiru. Lá, Abdias cria o "teatro setenciado", onde os presos escreviam seus próprios textos e encenavam, iniciando assim sua carreira como dramaturgo. Tais eventos foram cruciais para que o mesmo participasse da formação do teatro negro, que tinha como objetivo integrar o negro na cena nacional, contestando a legitimidade estética branca européia brasileira assim como também sustentando uma luta contra esteriótipos sobre o colonialismo cultural do Brasil. Uma das primeiras medidas do teatro negro foi a criação de um curso de alfabetização, onde também ensinava cultura para os alunos. Isso serviu para mostrar que negros eram tão capazes de atuar quanto os brancos que se pintavam de negros. O teatro negro também ajudou a organizar a convenção nacional do negro, onde apresentavam-se reivindicações para a constituinte através de um senador.

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    4. Gabriel Fernandes - RA 11201720502
      Gabrielle Antoniassi - RA 11201722564
      Kamila Alves - RA 11201721196
      Mariana Urrestarazu - RA 11201722618

      Complementando as respostas à pergunta da moderadora, vale lembrar que a ida de Abdias aos Estados Unidos foi fundamental para a consolidação da figura do homem negro, e brasileiro, como estudioso e intelectual de renome. Isso se deu devido à posição por ele ocupada como professor visitante da Universidade Wesleyan, de Middletown, na qual ministrou aulas em português e orientou alunos também se utilizando de sua língua-mãe, o que foi decisivo na consolidação da identidade brasileira no meio acadêmico internacional.

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    5. Beatriz Belmonte RA: 1120172244
      Daniela Amaral de Paula RA: 11201720828
      Fernando Juniti Obata RA: 11201722691
      Luana de Camargo Vieira RA: 11201721832

      Esse evento de ser chamado para ser professor visitante da Universidade Wesleyan, mostra o reconhecimento internacional de Abdias em seu estudo e luta pelos direitos e reconhecimento da cultura africana, sendo um dos poucos da época a conseguir representar esse povo menosprezado.

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    6. Ana Carolina Casagrande RA 11201721024
      Gabriel Borges RA 11201722366
      Mariana Maffei RA 11201722609
      Piethra Martinelli RA 11201722053
      Talita Rodrigues RA 11201720424



      Dando continuidade aos comentários anteriores, para o autor o racismo no Brasil se caracteriza pela covardia, ou seja, ele não se assume como em outros lugares. Costumam o descrever como sutil, mas isto é um equívoco. Ele não é nada sutil, pelo contrário, para quem não quer se iludir ele fica escancarado ao olhar mais casual e superficial. O olhar aprofundado só confirma a primeira impressão: os negros estão mesmo nos patamares inferiores, ocupam a base da pirâmide social e lá sofrem discriminação e rebaixamento de sua autoestima em razão da cor.

      Simplesmente EXCELENTE... arrepiante e forte! Parabéns!

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    7. Beatriz Belmonte RA: 1120172244
      Daniela Amaral de Paula RA: 11201720828
      Fernando Juniti Obata RA: 11201722691
      Luana de Camargo Vieira RA: 11201721832

      Bom, porém, faltou explicitar o conceito de racismo, ficando o comentário muito centrado na vida do mesmo.

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  6. Gabriela de Lima Lopes – R.A.: 11201720478
    Giulia Petinelli Vernaglia – R.A.: 11201722742
    Stefanie Paiva de Assis – R.A.: 11201722062

    Abdias do Nascimento foi uma personalidade referência do movimento negro no Brasil. Vindo de origem pobre, sofreu racismo desde seus primeiros anos escolares. Desde criança se sentia inconformado com a falta de apoio e com os estratagemas das classes dominantes para com os saídos do cativeiro, com o objetivo de manter a domínio dos libertos.

    No documentário, Abdias expõe a grande relevância do continente africano, como o rico legado cultural do Egito. Critica, dessa forma, os materiais didáticos brasileiros, que retratavam a figura dos africanos em uma condição de aceitação da escravidão, como se existisse uma tendência natural a ser escravizado. Assim como o grupo anterior comentou, a disseminação dessas ideias apenas fermenta o racismo e perpetua o crime de roubar das crianças sua própria história. Defendia a participação dos negros em todos os poderes. Estimulou a candidatura de outros negros, assim como, mesmo com toda a dificuldade de se eleger pessoas com projetos voltados para a questão da população negra entrou para a câmara dos deputados em 1983 e se candidatou Senador em 1997.

    Abdias aponta também os grandes focos de resistência à escravidão, como a revolta dos alfaiates na Bahia e o quilombo Ambrósio em MG; movimentos negros de expressão corporal e musical como o Olodum. Esses movimentos ajudaram a elevação de sua autoestima e a afirmação de sua cultura. O ativista também apresenta a dinâmica de vivencia no Quilombo dos Palmares, no qual negros, não-negros e indígenas conviviam de uma forma igualitária, onde todos tinham oportunidades, produzindo uma agricultura avançada.

    Ele contribuiu, especialmente, na luta contra a discriminação racial, na luta pela liberdade e para que a cultura africana se difundisse e se tornasse objeto de estudo. Com isso, Abdias tinha o objeto da população negra assumir o papel de protagonista; suas crenças, sua cultura e sua historias seriam inseridas na cultural do país.

    Graças a sua luta, a definição de racismo como crime e a criação de politicas públicas de amparo tiveram atenção. Essas ações afirmativas ajudaram a criar discussões sobre o tema e contribuiu para que a população negra tivesse mais oportunidades e pudesse concorrer à vagas de empregos e de cursos em universidades de formar mais igualitária.

    Durante o documentário, Abdias aparece sendo entrevistado na Universidade de Wesleyan, na qual trabalhava como tutor; expondo seus ideias na tribuna do senado e em comícios políticos. Sendo assim, mostra-se a importância nacional e internacional que Abdias tinha referente as questões de discriminação do povo africano. Assim como, a necessidade, da época, de uma pessoa que realmente se preocupasse com as questões raciais no Brasil ocupasse uma posição relevante, capaz de iniciar alguma mudança na estrutura brasileira e em seu racismo enraizado, dando voz a essa maioria menosprezada e explorada.

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    1. A luta pela igualdade racial e para o fim da discriminação é o propósito pelo qual a luta de resistência e os movimentos afirmativos se conectam entre si. Ambos têm o objetivo de dar poder aos negros na reivindicação e conquista de seu fundamental lugar na cultura e história do Brasil. Tais ações afirmativas se consolidam como resistência, pois ainda tem a mesma essência das lutas: a inserção do negro na sociedade e seu reconhecimento como parte dela.

      Apesar de serem complementares, há uma diferença sutil entre um movimento de resistência e uma ação afirmativa. O movimento de resistência são conquista que perduram durante um longo tempo, como a luta dos negros pela igualdade de direitos; já a ação afirmativa é uma medida temporária para solucionar problemas vigentes, como a conquista de cotas.

      O movimento de resistência, além de obter conquista para as questões vivenciadas pela população negra, também ajudar a enraizar a ideia de igualdade e contribui para mudar a forma de pensar de novas gerações.

      Como Abdias comenta no documentário, é necessário existir as políticas afirmativas para que os negros tenham a oportunidade de viver em uma posição de igualdade para com os brancos, pois a sociedade branca dominante tivera mais de 500 anos de vantagens.

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    2. Muito bom, texto bom e fluído, responde com propriedade à questão da moderadora, mas não fala sobre o que o Abdias considerava RACISMO.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Guilherme Hirata - 11201720138
    Leonardo Tronco - 11201720196
    Lorena Passos - 11201722901
    Romulo Marchetti - 11201720254
    O período que se deu o século XX foi marcado excessivamente pela segregação e discriminação racial. No Brasil, Abdias do Nascimento caracterizou-se por buscar apresentar o negro como protagonista da história e não somente como coadjuvante. Iniciou sua trajetória pelo reconhecimento racial após ter sido vítima de racismo quando era cabo do exército e, por conta disso, ter sido considerado um infrator pelo governo de então. Vale destacar que, embora ocupasse uma posição considerável no estado brasileiro (membro do exército) isso não o excluía do racismo. Dedicou-se, após o incidente, de tratar a questão do reconhecimento do negro não pelos moldes europeus, caracterizados por personagens brancos com caras pintadas para representar negros, mas, através de escolas de dramaturgia do rio de janeiro de buscar realçar as características do negro e fazê-lo reconhecer propriamente sua função na construção do brasil contemporâneo.
    Além de realizar a atividade no território nacional, atuou como professor de literatura africana nos EUA, embora não tivesse domínio da língua inglesa. Na universidade americana apresentava a literatura que, de alguma forma, também era pertinente na luta contra a discriminação nos Estados Unidos. Isso se deu no período em que esteve exilado por reagir ao incidente de racismo sofrido nos tempos de exército. Ele também busca demonstrar que o sistema de estratificação racial já anteriormente mencionado, impede os afrodescendentes e africanos de terem sequer uma possibilidade de conhecimento de suas respectivas realidades, gerando consequentemente uma forte limitação. Essa por sua vez faz com que o não reconhecimento dos vínculos culturais entre africanos e afrodescendentes, impeça a sua integração social e política.
    Por fim, vale ressaltar a atuação incisiva de Abdias do Nascimento na política. Atuando ferrenhamente como principal defensor da liberdade e igualdade racial.

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    1. Abdias ao decorrer de sua vida sofreu diversas vezes discriminação racial, e ao se deparar com essas situações, começou a questionar o motivo que causava esses acontecimentos (preconceitos e discriminações), mas não apenas com ele, e sim com todos os negros. Ele dizia que, a cultura negra era uma apropriação cultural dos brancos, e os negros, por conta desse sistema que os oprimia, acabavam por serem impossibilitados de questionar sobre essa situação, perpetuando cada vez mais esse racismo. Incomodado com isso, ele começou a buscar os direitos de igualdade dos negros.
      Abdias também obteve fortes influências da cultura africana para os seus questionamentos, pois desde sua infância Abdias absorveu os saberes dos afrodescendentes mais velhos, que eram repassados através da oralidade.

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    2. Guilherme Hirata - 11201720138
      Leonardo Tronco - 11201720196
      Lorena Passos - 11201722901
      Romulo Marchetti - 11201720254

      Bom texto, porém, não falou sobre o mascaramento do racismo no Brasil.

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  9. Bianca Ramos - 11201721985
    Bruno Faber - 11201720620
    Rodrigo Tolezani - 11201722518
    Thaisa Almeida - 11201722093

    Abdias do Nascimento se descrevia como “incorformado desde sempre com a condição do povo negro no Brasil”, desde jovem já mostrava não compreender e aceitar as condições que eram impostas a sua etnia.

    Sempre engajado com o movimento negro, buscava mostrar para o mundo que os negros não eram inferiores aos brancos e fazia isso por meio de manifestações artisticas, como suas obras de pintura e o teatro, ao fundar o Teatro Experimental Negro, além de ter grande participação política no Brasil, uma vez que atuou como senador pelo PDT, sempre propondo pautas favoráveis ao movimento negro, como a implementação do dia 20 de novembro como dia da consciência negra e falando a favor de cotas raciais em universidades, como já apontado pelos grupos anteriores.

    Abdias do Nascimento dizia que o racismo é covarde, muitas vezes velado e tem sua verdadeira intensidade diminuida, quando na verdade o racismo é vivo e extremamente prejudicial para aqueles que o sofrem na pele diariamente. Aponta ainda que nossa sociedade é completamente moldada pelos resquísios da sociedade escravista, onde se mantém os privilégios da casa grande por meio da perpetuação do sofrimento do negro.

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    2. NOME - RA
      Ana Luiza Ortuno – 11201722347
      Ingrid Ithamar – 11201722237
      Rodrigo Carrara – 11201721773
      Vitor Hugo – 11201721385
      Yuri Amaral - 11201722099

      Complementando o comentário acima, Abdias do Nascimento foi fundamental para a criação da Secretaria Especial de Igualdade Racial. Outrossim, nos seus anos como parlamentar, todos os seus projetos de lei tinham como objetivo a defesa dos direitos da população negra. Sua luta contribuiu, por exemplo, para a criação posterior do Estatuto da Igualdade Racial. Foi também um dos primeiros negros a conseguir se eleger numa plataforma eleitoral em defesa do negro.

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    3. Bianca Ramos - 11201721985
      Bruno Faber - 11201720620
      Rodrigo Tolezani - 11201722518
      Thaisa Almeida - 11201722093

      Muito bom, só faltou um maior aprofundamento do conceito de racismo.

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    4. FELIPE HENRIQUES PAIXÃO - RA: 11085114
      JHUAN GABRIEL MENEZES HERBAS - RA: 11201721697
      TUANY ALVES NASCIMENTO - RA: 11201721546
      Muito bom, melhorou a cada comentário e foi muito ativo no debate.

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  10. Gabriel Fernandes - RA 11201720502
    Gabrielle Antoniassi - RA 11201722564
    Kamila Alves - RA 11201721196
    Mariana Urrestarazu - RA 11201722618

    Abdias do Nascimento lutou contra o racismo ao longo de toda a vida, não apenas por meio de seus projetos artísticos e literários, mas também através de sua intensa participação política. Atuando como vice-presidente do Partido Democrático Trabalhista, colaborou para a criação da Convenção Nacional do Negro no ano de 1945, tendo como objetivo demandas constitucionais - a caracterização do racismo pela primeira vez como crime que lesa a pátria, além da criação de políticas públicas de amparo à população afro-brasileira.
    Retomando o comentário da colega Mariana Maffei e de seu grupo, é importante reforçar a sutileza com que o racismo é propagado na sociedade brasileira, a qual permanece defendendo a existência da democracia racial. Contudo, Nascimento se deu conta da presença marcante da discriminação étnica desde sua socialização primária na infância, relatando as peças escolares nas quais crianças negras eram constantemente excluídas. Dessa forma, percebe-se os efeitos dessa conjuntura na fala de Abdias: embora se coloque de maneira firme e concisa, nota-se um sentimento de angústia e revolta, tomando todo o sofrimento do povo negro no Brasil para empoderar e legitimar a luta negra em nosso país. Sendo assim, Abdias do Nascimento colocou-se à frente de seu tempo, possibilitando o emergir do movimento negro contemporâneo que passou a se organizar politicamente, tendo como motivação o combate ao racismo e aos seus efeitos no Brasil.

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    1. Beatriz Belmonte RA: 1120172244
      Daniela Amaral de Paula RA: 11201720828
      Fernando Juniti Obata RA: 11201722691
      Luana de Camargo Vieira RA: 11201721832

      É importante lembrar que quando Abdias realizou uma peça do genro de Charlie Chaplin, ele levou o projeto a frente mesmo não possuindo muita experiência e lutou contra todos os pensamentos negativos vindos da mídia, conseguindo concluir esse projeto com sucesso.

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  12. NOME - RA
    Ana Luiza Ortuno – 11201722347
    Ingrid Ithamar – 11201722237
    Rodrigo Carrara – 11201721773
    Vitor Hugo – 11201721385
    Yuri Amaral - 11201722099

    Complementando os comentários acima, o escritor Abdias do Nascimento demonstrou desde pequeno a inconformidade com a situação de falta de apoio à população saída dos cativeiros pelas classes dominantes. Diversos episódios durante sua infância e juventude constituíram o caráter ativista na causa negra, como quando foi trabalhar aos 14 anos como guarda livros e o pediram para subir na parte traseira da carroça, junto às galinhas. Percebeu então que, se fosse branco, esse pedido não teria sido feito. Nasceu a convicção de que estava destinado a estudar e escrever sobre os negros após assistir a peça “O imperador Jones”, na qual um ator branco se pintou de negro para interpretar o papel. Vemos assim que, sua inquietação quanto à colocação do negro como inferior perante ao branco na sociedade foi sempre constante.
    Sendo assim, para o escritor, o racismo brasileiro é enraizado na cultura da sociedade, mistificado pela democracia racial, que retira dos negros a sua identidade, tornando mais difícil a resistência pois sua história é apagada, sendo reduzida a mero objeto de estudo e inviabilizada como protagonista. A mestiçagem é então vista como meio de apagar a negritude. Um exemplo disso são os livros didáticos que repetem incessantemente que os negros não resistiram ao processo de escravização, que foram dóceis e que o período após a abolição foi de fácil inserção social.

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    1. NOME - RA
      Ana Luiza Ortuno – 11201722347
      Ingrid Ithamar – 11201722237
      Rodrigo Carrara – 11201721773
      Vitor Hugo – 11201721385
      Yuri Amaral - 11201722099

      Abdias nasceu em 1914 e morreu em 2001, tendo assim vivido muito tempo. Então ele viveu e acompanhou a luta antirracista em uma grande extensão. De certa forma, ele colocou quais eram as principais questões do racismo no Brasil, entre elas várias que permaneceram ao longo do tempo e permanecem até hoje, como a questão da violência policial. Ele também foi o primeiro parlamentar a fazer uma proposta acerca das ações afirmativas no Brasil ainda em 1983, as quais foram somente começar a ser implementadas em cotas raciais quase 20 anos depois. O racismo não é uma questão biológica ou genética; é uma questão social, histórica e cultural, e também continua com a mesma tradição brasileira de negar ao negro seu direito de própria defesa.

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    2. NOME - RA
      Ana Luiza Ortuno – 11201722347
      Ingrid Ithamar – 11201722237
      Rodrigo Carrara – 11201721773
      Vitor Hugo – 11201721385
      Yuri Amaral - 11201722099

      O contexto da critica de Abdias do Nascimento ao conceito da democracia racial parte do pretexto no qual as diferentes raças que compõe o povo brasileiro convivem em harmonia, sendo a miscigenação um exemplo positivo disso. Porém como já citado, Abdias vê a miscigenação como um processo de negação da identidade negra e as relações raciais como algo conflituoso.

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    3. Ana Luiza Ortuno – 11201722347
      Ingrid Ithamar – 11201722237
      Rodrigo Carrara – 11201721773
      Vitor Hugo – 11201721385
      Yuri Amaral - 11201722099

      O racismo não é uma questão biológica ou genética; é uma questão social, histórica e cultural, e também continua com a mesma tradição brasileira de negar ao negro seu direito de própria defesa.

      Simplesmente EXCELENTE!

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  13. Patricia Ferreira 11201722066
    Ingrid Ferreira 11201720390
    Henrique Nochang 11201722627
    Luiz José Freitas 21009014


    No documentário foi abordada a criação do teatro experimental do negro com a intenção de contestar a legitimidade da estética brasileira. Por conta do colonialismo cultural o povo brasileiro de modo geral busca se reconhecer no padrão branco europeu. Logo, o racismo é muito mais dissimulado e sutil do que em outras culturais e está profundamente impregnado na mentalidade do povo. Mais difícil de ser combativo do que o embranquecimento como política de estado é o embranquecimento através das gerações como "redenção",por seu caráter simbólico reproduzido dentro da estrutura familiar.
    Ao defender o ensino de História da África nas escolas, Abdias foi um dos pioneiros a desmistificar a suposta passividade da aceitação da condição escrava pelo negro evidenciada na resistência dos quilombos e nas diversas revoltas do período colonial. Busca também enaltecer a vitória de Zumbi dos Palmares como referencial de resistência e luta pela igualdade. A história ainda não destaca o negro como protagonista na formação econômica e identitária do Brasil (haja visto a deficiente representação negra nos altos cargos de poder) e justamente pela falta de referências identitárias buscamos padrões estranhos à nossa cultura, importando referências europeias.

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    1. Gabriela de Lima Lopes – R.A.: 11201720478
      Giulia Petinelli Vernaglia – R.A.: 11201722742
      Stefanie Paiva de Assis – R.A.: 11201722062

      Complementando o comentário, é importante frisar que Abdias denuncia que, em um país construído e constituído principalmente pela população negra, essa mesma pátria esqueceu e abandonou essa parte da população. Sendo assim, defende a aplicação de ações afirmativas com o intuito de conceder o acesso dos negros à saúde, moradia, estudo, entre outros.

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    2. Patricia Ferreira 11201722066
      Ingrid Ferreira 11201720390
      Henrique Nochang 11201722627
      Luiz José Freitas 21009014
      Muito bom a explanação sobre racismo, aprofundaria a sua argumentação em relação a esse.

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    3. Gabriela de Lima Lopes – R.A.: 11201720478
      Giulia Petinelli Vernaglia – R.A.: 11201722742
      Stefanie Paiva de Assis – R.A.: 11201722062
      Muito bom, texto bom e fluído, responde com propriedade à questão da moderadora, mas não fala sobre o que o Abdias considerava RACISMO.

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  14. Gabriel Navarro 11201722855
    Gustavo Ortolan 11201720250
    Irineu 11201722826
    Raquel Miranda 11201721427


    Como citado pelos comentários anteriores, Abdias do Nascimento foi o pioneiro do Movimento Negro contemporâneo. Sua produção intelectual e militância nas décadas de 1940,50,60 serviu como base para a luta negra após a redemocratização. Leonel Brizola fez sempre questão de ressaltar a importância de Abdias para a formulação das pautas do PDT, dando máximo foco ao combate ao racismo instituído. Defendeu fortemente as cotas como política de reconhecimento da dívida histórica que se tem para com o negro, esse foi um combate aos 500 anos de vantagem que a população branca possuía.
    Abdias também retrata como a história do negro é ensinada nas escolas brasileiras, sendo que é passada é ideia de que o negro africano aceitava a escravidão e não fazia praticamente nada para muda-lá, ignorando as diversas lutas e a falta de aprofundamento na história dos quilombolas por exemplo.
    A relevância desse autor está presente também na forma como ele explícita a importância da cultura como resistência da identidade negra, isso se demonstra a partir de iniciativas como o Teatro Experimental Negro que insere atores negros no mundo artístico brasileiro. Além disso, sua pintura buscava retratar os orixás trazendo para arte crenças africanas.
    Toda sua trajetória acadêmica e militância se refletem na sua história, filho de pais pobres, oprimido no ambiente escolar, proibido de frequentar lugares pela porta da frente, preso por lutar contra atitudes racistas da sociedade, essas passagens levaram o autor a lutar incessantemente pela igualdade racial.

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    2. FELIPE HENRIQUES PAIXÃO - RA: 11085114
      JHUAN GABRIEL MENEZES HERBAS - RA: 11201721697
      TUANY ALVES NASCIMENTO - RA: 11201721546

      Comentando sobre a importância da cultura como resistência da identidade negra, é relevante dizer, como referenciado pelo grupo ao citar os orixás, que Abdias buscava resgatar a cultura brasileira tendo por base a matriz africana. É possível observar esse fato em um de seus discursos, em que Abdias do Nascimento, como senador, invoca a figura de Exu no início de sua fala, a qual podemos interpretar como um ato de resistência. Sua grande referência de um país de fato com oportunidades para todos é a que possui a figura de Zumbi dos Palmares como expoente cultural e não a da abolição da escravatura.

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    3. Beatriz Belmonte RA: 1120172244
      Daniela Amaral de Paula RA: 11201720828
      Fernando Juniti Obata RA: 11201722691
      Luana de Camargo Vieira RA: 11201721832

      Algumas situações em sua vida mostram o racismo sofrido por ele, como: Nas festinhas de escola, onde Abdias via que o negros eram menosprezados. Quando ele arrumou um emprego de guarda-livros, mandaram uma carroça para buscá-lo, porém, ao invés de ir onde as pessoas ficam, ele foi ordenado a sentar com os suprimentos, galinhas e cabras, não acontecendo isso caso fosse branco. E também quando ele e um companheiro foram a uma boate e o guarda mandou ele entrarem pelos fundos, eles recusaram-se a fazer isso e além de apanharem, foram presos e perderam o posto no exército.

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    4. Gabriel Navarro 11201722855
      Gustavo Ortolan 11201720250
      Irineu 11201722826
      Raquel Miranda 11201721427
      Bom, mas faltou falar sobre o conceito de racismo.

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  15. Keyla Souza Pissolato RA: 11201721439
    Leonardo Ramos da Silva Teixeira RA: 11201720458
    Matheus Araújo RA:11201722079

    O fato de ser disseminada no Brasil a ideia de que a reivindicação de direitos trabalhistas surgiu apenas com a vinda de imigrantes europeus para o país pode exprimir mais uma característica de racismo histórico. A existência de quilombos e os relatos das revoltas das populações negras contra o escravagismo podem, também, ser consideradas manifestações de indignação à realidade da mão de obra no Brasil. Abdias Nascimento apresenta Palmares, que resistiu por mais de um século à opressão, que tinha uma agricultura mais desenvolvida que das fazendas ao redor, que desafiava as leis da colônia. Os quilombos eram sociedades de iguais, brancos e negros, de verossímeis oportunidades para todos, figuradas na pessoa de Zumbi dos Palmares. Água, comida, insumos para agriculturas e garantia de paz eram presentes e comuns para quilombolas que acabaram, em sua maioria, destruídos por um dos maiores exércitos reunidos em território nacional.

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    1. Gabriela de Lima Lopes – R.A.: 11201720478
      Giulia Petinelli Vernaglia – R.A.: 11201722742
      Stefanie Paiva de Assis – R.A.: 11201722062

      Essa exaltação de Zumbi dos Palmares por Abdias é realmente válida e importante, Zumbi representa até os dias atuais um grande exemplo de resistência negra, um homem que lutou pela liberdade negra assim como Abdias também fez. Eles deixaram seu legado, deixaram suas marcas na história, mostrando que a luta negra não pode parar.

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    2. Keyla Souza Pissolato RA: 11201721439
      Leonardo Ramos da Silva Teixeira RA: 11201720458
      Matheus Araújo RA:11201722079
      Bom, mas faltou explicitar a crítica a democracia racial.

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  16. Clarissa Bonvent - RA 11201721443
    Gustavo Bontorim - RA 11201722508
    Maria Souto - RA 11201722435
    Renan Santos - RA11201722412

    Mesmo após a abolição da escravatura, Abdias do Nascimento aponta a questão da discriminação racial como o racismo estrutural que se manteve enraizado na sociedade brasileira. Várias das situações vividas por ele mesmo, como quando ele foi impedido de adentrar o bar pelas portas da frente, ou aconselhado a viajar com animais para trabalhar, apontam como a forma de tratar o negro brasileiro não consistia apenas em violência física, mas na segregação social do mesmo.

    A expressão de indignação de Abdias, como ativista e militante negro, se consistia na sua posição de resistência através de suas manifestações, como no Teatro Experimental do Negro (TEN) que apresentava os problemas existenciais da população negra, suas pinturas, entre outros trabalhos. Como consequência do TEN, houve a criação de cursos de alfabetização, nos quais as pessoas negras não aprendiam somente a ler/escrever, mas também noções de cultura.

    Sendo assim, os posicionamentos de Abdias se resumiam em desfazer o papel do negro como coadjuvante na sociedade por meio de tentativas de emancipação da população negra, como por exemplo, nos seus projetos de lei como Senador.

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    1. Clarissa Bonvent - RA 11201721443
      Gustavo Bontorim - RA 11201722508
      Maria Souto - RA 11201722435
      Renan Santos - RA11201722412

      Algumas das conquistas foram, por exemplo, o Estatuto da Igualdade Racial que contempla a proteção de terra dos quilombolas; obrigatoriedade de ensino da cultura afro-brasileira; cotas raciais e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

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    2. Clarissa Bonvent - RA 11201721443
      Gustavo Bontorim - RA 11201722508
      Maria Souto - RA 11201722435
      Renan Santos - RA11201722412

      Bom, mas poderia se aprofundar na visão de Abdias sobre o racismo.

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  19. Bruna Gabriela Rodrigues RA 11201722431
    Bruno Nakajima Pellizzer RA 11201720818
    Gabriel Ciolfi RA 11201722177
    Plauto Diogo Jesus RA 11201720644
    Yngrid Amorim RA 11201722168

    _____________________________________________________________
    Seguindo o pensamento dos comentários anteriores que evidenciam o olhar de Abdias do Nascimento contra a visão de racismo atenuado que ocorreu no Brasil, o autor dedicou a maior parte de a sua vida ao ativismo e denunciou práticas de racismo contra populações negras e individualmente contra o negro no Brasil e no mundo, afinal relatou ser pagante sem retribuição, por vezes, desse escárnio repugnante que passa o negro. Desde que teve coragem de abdicar de um emprego de guarda livro em 1926 (por recusar-se a ser tratado como animal devido ao racismo) à 2011, lutando até o fim de sua vida propondo projetos de políticas públicas afirmativas do Brasil e defendendo os direitos humanos.
    Em todos os campos em que teve a oportunidade de atuar (Escritor, artista, Professor, poeta e político) Abdias deu prioridade à efetiva inclusão social dos afrodescendentes, efetuando uma crítica a construção de um racismo em que as elites de classes insistiam em negar e ignorar solenemente, ou até disseminar introjetando na sociedade essa organização de uma hierarquia entre as etnias, impedindo a busca de efetivas soluções.
    O diferencial de Abdias em relação a outros intelectuais de sua época, foi sua vivência própria do racismo que dedicou-se a combater, afirmando que "Não se pode permitir a injustiça racial, sobretudo, em um país construído por negros".

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    1. Beatriz Belmonte RA: 1120172244
      Daniela Amaral de Paula RA: 11201720828
      Fernando Juniti Obata RA: 11201722691
      Luana de Camargo Vieira RA: 11201721832

      Abdias realmente dedicou sua vida a criar políticas públicas que auxiliassem na igualdade de negros e brancos, tanto que no começo ele além de criar medidas como o teatro experimental negro, ele oferecia cursos de alfabetização onde além de aprender a ler e escrever, os alunos aprendiam sobre a cultura negra e do país. E até em 2010, um ano antes de sua morte, ele mandou uma carta aberta sobre o Estatuto da Igualdade Racial, sancionada pelo presidente Lula, elogiando e homenageando todos os que auxiliam na elaboração e sanção dele.

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    2. Em relação ao Teatro Experimental do negro é interessante ressaltar a participação do negro como protagonista no meio cultural e expor os problemas por eles vividos.

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    3. Beatriz Belmonte RA: 1120172244
      Daniela Amaral de Paula RA: 11201720828
      Fernando Juniti Obata RA: 11201722691
      Luana de Camargo Vieira RA: 11201721832

      Além disso, o Teatro experimental negros também mostrou ao público que não eram só os brancos que poderiam atuar, mas os negros poderiam atuar tão bem quanto.

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    4. Abdias do Nascimento mesmo após a sua morte continua sendo uma importe figura contra o racismo, via no Brasil a necessidade de superar a descriminação racial,fruto da escravidão, afirma que estamos em uma caminhada e que ainda fala muito para alcançarmos a igualdade racial em todos os setores.

      Sua importância se da, principalmente, por ter sido pioneiro do movimento negro contemporâneo, tendo como objeto de estudo a necessidade do negro em todos os poderes.

      Um resultado da luta de Abdias do Nascimento foi a conquista das cotas dada a defasagem histórica em todos âmbitos da sociedade sofrida pelo negro em detrimento aos brancos. Cabe salientar que Abdias foi um dos poucos negros com relevância no meio acadêmico. Fazendo a dicotomia não apenas no Brasil, mas também no exterior, em ambos defendeu o estudo da cultura afro e que esta fosse defendida também por negros.

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    5. Bruna Gabriela Rodrigues RA 11201722431
      Bruno Nakajima Pellizzer RA 11201720818
      Gabriel Ciolfi RA 11201722177
      Plauto Diogo Jesus RA 11201720644
      Yngrid Amorim RA 11201722168

      Muito bom, poderia explicar melhor o que seria "racismo atenuado".

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  20. Cesar Sandre 11201722332
    Giovanna Picconi 11201722241
    Pedro Henrique Thuler 11201720860

    Abdias do Nascimento começa sua luta contra o racismo ainda novo, ao perceber que o tratamento recebido por negros e brancos em mesmas posições era diferente. O conceito de racismo que o autor faz uso é o de que a discriminação racial é algo muito mais enraizado na sociedade do que algo aberto em episódios pontuais de crime de ódio contra negros. O racismo se faz presente no cotidiano por meio de ações como exigir que negros entrem pela porta dos fundos ou pela entrada de serviço de estabelecimentos, de tratá-los como inferiores mesmo que esse tipo de atitude não seja explicitamente dita.

    Em sua luta, Abdias emprega a cultura para empoderar e inspirar a comunidade negra, por meio das artes cênicas e plásticas, como uma forma de reação ao emprego de técnicas como blackface e a marginalização e caricaturização do negro nesses meios. Enaltecendo sempre as artes e culturas africanas em seus trabalhos, Abdias lutou por uma maior representatividade das culturas negras e do negro na política do Brasil, tentando desestruturar assim o racismo cultural e sistematizado, por meio de oficinas teatrais para negros e projetos de alfabetização e por seus discursos e suas propostas como senador.

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    1. Cesar Sandre 11201722332
      Giovanna Picconi 11201722241
      Pedro Henrique Thuler 11201720860
      Bom, mas poderia desenvolver a ideia do "racismo cultural e sistematizado".

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  21. Gustavo Souza RA 11201722252
    Pedro Possebon RA 11201720208
    Isabella Midori RA 11201722356
    Priscila Petris

    Desde muito cedo Abdias do Nascimento revoltou-se contra o sistema herdeiro dos tempos de escravidão. Sentiu a exclusão velada ainda no colégio, e em outros momentos de sua vida, algumas mais explicitas. Como quando Abdias do Nascimento, como cabo do exército e após ser combatente de guerra, foi barrado na porta da frente de um bar - quando foi solicitado não que ele não entrasse, porém que o fizesse pela porta dos fundos. Abdias compreendeu o quão falso é o mito da democracia racial no Brasil. O país poderia não ter uma legislação clara de segregação, o racismo "velado" tomava formas corpórea como a agressão e a prisão seguidas da briga na porta do bar. Mais tarde, percebeu também que não havia espaço de destaque para a construção de uma identidade negra ainda que não explícita, uma vez que, mesmo no teatro, a representação de personagens negros se deu, a princípio, por meio de brancos com o rosto pintado, chamado de black face, muito embora mais de 1/3 da população do Brasil fosse negra. Indignado com essa falta de representatividade, Abdias cria o teatro experimental do negro, como abordado por comentários anteriores. Para ele, o negro deveria atuar como qualquer personagem, não só em "papéis secundários e grotescos". Desse modo, o TEN buscou trabalhar a valorização da cultura afro-brasileira por meio de educação e cultura, promoveu também a denúncia do racismo na população brasileira e a conscientização dessa realidade pelo próprio negro, que era levado a acreditar, pelas elites dominantes, que não havia separação na sociedade brasileira. Após, sentir a segregação em todas essas áreas em que atuou, Abdias do Nascimento passou a defender veementemente as cotas raciais.

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    1. Gustavo Souza RA 11201722252
      Pedro Possebon RA 11201720208
      Isabella Midori RA 11201722356
      Priscila Petris
      Abdias compreendeu o quão falso é o mito da democracia racial no Brasil. O país poderia não ter uma legislação clara de segregação, o racismo "velado" tomava formas corpórea como a agressão. Excelente reflexão.

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  22. FELIPE HENRIQUES PAIXÃO - RA: 11085114
    JHUAN GABRIEL MENEZES HERBAS - RA: 11201721697
    TUANY ALVES NASCIMENTO - RA: 11201721546

    Abdias do Nascimento pensa o racismo baseado em suas experiências vividas, seja como criança, sentindo a exclusão na escola, ou ao se recusar a entrar pelas portas dos fundos em estabelecimentos como bares e boates — em um ato de resistência.

    Alguns comentários anteriores citam o Teatro Experimental do Negro, o qual foi criado por Abdias do Nascimento após assistir a peça "O Imperador Jones", justamente pelo fato de ter visto o personagem principal, negro, ser representado por um ator branco que se pintava. Nascimento diz em uma entrevista no documentário que esse espetáculo foi fundamental em sua vida.

    Os objetivos do Teatro Negro além de buscar integrar o negro na cena nacional, buscava também contestar a legitimidade da estética brasileira branca-europeia, lutando contra esses estereótipos, sobretudo o colonialismo cultural do Brasil e também buscava reproduzir no palco os problemas existenciais da população negra.

    Uma das primeiras medidas do teatro experimental foi criar cursos de alfabetização. Em pouco tempo, a militância ajudou a organizar a Convenção Nacional do Negro, apresentando uma série de questões para a Assembleia Constituinte. Seu trabalho criou as condições políticas para que a partir dos anos 70 pudesse emergir o movimento negro contemporâneo, que tem como agenda explícita o combate ao racismo e aos seus efeitos na vida das pessoas no Brasil. Importante lembrar da vida política de Abdias do Nascimento como deputado e senador já referenciada por grupos anteriores, a qual teve um pioneirismo nas questões da população afrodescendente, elaborando projetos como a Ipeafro(Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros), o feriado nacional do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra e a política de cotas raciais em universidades e concursos públicos.

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    1. Beatriz Belmonte RA: 1120172244
      Daniela Amaral de Paula RA: 11201720828
      Fernando Juniti Obata RA: 11201722691
      Luana de Camargo Vieira RA: 11201721832

      Na vida política de Abdias ele estimulava muitos negros a se candidatarem a cargos públicos, e ele levava para as sessões do senado questões sobre a igualdade racial, em uma época em que essa discussão não possuia muita abrangência, tanto que no documentário, eles utilizam muitas gravações de Abdias discursando no Senado, sempre com um discurso forte e direto.

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    2. FELIPE HENRIQUES PAIXÃO - RA: 11085114
      JHUAN GABRIEL MENEZES HERBAS - RA: 11201721697
      TUANY ALVES NASCIMENTO - RA: 11201721546

      Sim! Sobre os inúmeros discursos marcantes de Abdias, comentamos em uma resposta acima que ele costumava fazer alusão, no início de suas falas, a figuras religiosas africanas — como orixás — fazendo assim referência à cultura de matriz africana e também estabelecendo um ato de resistência. Isso pode ser visto nesse vídeo que mostra alguns de seus discursos: https://www.youtube.com/watch?v=VE4fjjnX_EE

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  23. jean victor 11201722491
    maria eloisa 11201221461
    vinicius lima 11201722035

    Complementando o comentario da ana ortuno.

    Abdias do Nascimento se vê como seu objetivo lutar pela melhoria da qualidade de vida do negro em uma sociedade que foi constituída por e para uma elite brancoide, e por isso desenvolve vários projetos com, na questão da educação e social econômica.
    A questão da educação como modo de perpetuação do racismo no Brasil. Nas escola, os livros mostravam o negro sempre em um pano de fundo, cativo que aceita a dominação, deixa de lado a historia do continente africano de lado, criando uma espécie de politica de extermínio da memoria do negro. isto porque, o Estado que renega uma cultura, decide qual classe irá prevalecer na sociedade. Tomando isso como referencia lutou por questões do tipo, seja em pequenos grupos ou no senado, como a lei 10.639, que inclui o ensino de historia e da cultura afro-brasileira nas escolas, e o estatuto da igualdade racial , que define a posição do Estado na promoção da igualdade a partir do negro, e também o surgimento das cotas raciais educacionais e trabalhistas, movimento que tentou diminuir a diferença de 500 anos de atraso da classe negra na sociedade.
    Abdias dialoga não só na questão da educação, como também nos aspectos sociais e econômicos, que serviam como politica publica do Estado para usurpar a população negra em detrimento de uma elite branca de padrões europeus. Assim como é exposto no documentário, a classe negra é segregada em favelas e guetos, expondo as situações econômicas e sociais desiguais da população negra.


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  24. NOME-RA
    Ricardo Botter Ruas 11201722811
    Renan Carolino Namiuti 11201722029
    Guilherme Parra Magri 11201721945
    Clara Gerhardt David

    No documentário, Abdias do Nascimento explicita a situação do negro no Brasil, no passado e na atualidade. Abdias lutou pelos negros a sua vida toda, como a sua performance no Senado, discursando sobre racismo e discriminação para com os negros.
    Abdias lutava contra esse racismo enraizado na sociedade, como quando não pôde entrar em um clube pela porta da frente, ou quando foi pedido para subir na parte de trás de um caminhão em vez de ir na frente, somente por ser negro.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Duas delas estao em nossa resposta. Outras presentes no documentario sao a representatividade na politica, dominada por brancos, e também nas universidadss. Sobre a ultima, Abdias até se utiliza da metafora da corrida: o branco seria um corredor preparado e bem alimentado, o negro seria o sem preparo e até "amarrado", numa corrida que, no caso, seria o vestibular, introduzindo a discussao das cotas raciais.

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    3. Ricardo Botter Ruas 11201722811
      Renan Carolino Namiuti 11201722029
      Guilherme Parra Magri 11201721945
      Clara Gerhardt David
      ok,mas não explicou a visão de racismo de Abdias.

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  25. Gabriel V. P. M. Freire - RA: 201721329
    Caio T. Coelho - RA: 11201721901

    Abdias do Nascimento foi senador da república, autor de diversos livros, pintor e ativista dos direitos civis negros. Como um negro nascido pobre e poucos anos depois da abolição da escravidão, Abdias sofreu muita discriminação apesar da igualdade prevista em lei.

    O documentário mostra sobre como o racismo é estrutural no Brasil, em que, mesmo que não exista mais escravidão, a sociedade ainda discrimina o negro. Uma passagem do documentário explicita bem isso, quando o Brizola diz: “Quando falamos pega ladrão! A polícia já corre atrás do negro”.

    Esse racismo estrutural é visto em outros lugares, como nos livros didáticos em que o negro é visto em uma condição de aceitação à escravidão, e é ignorado a influência de diversos da cultura africana e só é mostrada a cultura europeia. O Egito por exemplo, um país africano que foi responsável por grande parte da matemática, escrita e medicina presente na Grécia e por consequência em toda Europa.

    Também é mostrado a importância da ação compensatória tantos nas faculdades quanto no mercado de trabalho e a representatividade dos negros, além do ensino de história negra na África e no Brasil, são pontos salientados pelo próprio Abdias em toda sua carreira, tanto como político quanto como ativista. A importância se da para igualizar as oportunidades dos negros com a dos branco, que tiveram 500 anos a mais para se preparar.

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    1. Gabriel V. P. M. Freire - RA: 201721329
      Caio T. Coelho - RA: 11201721901

      Racismo estrutural seria aquele que vem das relações interpessoais, transformando a marginalização do negro como algo comum no dia a dia e a violência contra o negro acaba sendo aceita de forma rotineira. Abdias colabora com essa conceituação identificando desde jovem essa marginalização na sociedade brasileira, sentindo na pele todo o preconceito por ter nascido em uma época que a abolição da escravidão acabara de ter sido concedida, por luta, pela população negra no Brasil, ao longo do tempo lutando pela representatividade e por políticas afirmativas para quebra do preconceito ajudando a assumir um espaço igualitário na sociedade.

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    2. Gabriel V. P. M. Freire - RA: 201721329
      Caio T. Coelho - RA: 11201721901
      Bom, porém, não explicou a visão de Abdias sobre o racismo.

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  26. Este comentário foi removido pelo autor.

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  27. Ana Beatriz Gobbo de Brito Sousa - R.A 11201722288
    Fernanda Gobo da Silva Alves Sena - R.A. 11201722449
    Guilherme Venturini Floresti - R.A. 11201720300

    A luta contra o racismo fora sempre muito presente na vida de Abdias do Nascimento. No documentário analisado, é mostrado que o autor se inquieta quanto a discriminação sofrida pelos negros desde muito pequeno. Por ser de uma família humilde, ter nascido apenas trinta anos pós abolição da escravatura, ver aqueles que ele amava e a si mesmo sofrerem na pele a discriminação racial é que o jovem Abdias já sentia que era preciso mudar a situação. Durante sua vida, ele enfrentou várias formas de preconceito racial, e por tal razão nunca deixou de lutar pelos seus direitos, fosse se recusando a aceitar uma ótima proposta de emprego por quererem que o mesmo andasse junto com os mantimentos e galinhas durante o transporte, fosse discordando da diferenciação do tratamento do negro nos estabelecimentos. Logo, pode-se dizer que o autor direcionou sua obra de análise histórica a uma forma de evidenciar a violência (nas palavras do próprio autor, o genocídio) contra o negro, não só física como moral e espiritual.
    Desta forma, extrai-se que para o autor, o racismo não se trata apenas de formas aparentes e físicas de discriminação, mas assume formas veladas, perceptíveis apenas quando analisado discursos e ideologias impregnadas no cotidiano. Era, antes de tudo, uma luta supra partidária, algo que deveria ser combatido acima de outras coisas.
    Então, em seu livro "O Genocídio do Negro Brasileiro", por exemplo, o autor irá analisar as formas pelas quais historiadores como Gilberto Freyre trataram o processo de escravização e formação de povos mestiços de maneira romântica e com termos tipo "morenidade" como eufemismo para apagar a identidade do negro do Brasil.
    O genocídio, portanto, estaria relacionado a uma forma de soterrar uma identidade étnica de um povo, seja pelos processos de embranquecimento compulsório, seja por formas de menosprezo da figura do negro, como o blackface. Em resistência a tais práticas, Abdias funda o Teatro Experimental do Negro, onde articula grupos teatrais que representassem personagens que de fato eram negros, muito além de levar a cultura negra para dentro das penitenciárias - com o teatro, jornais -, isso era uma tentativa de ampliar a voz àqueles que estavam sendo segredados por questões mais profundas do que se analisava até então. Levar a cultura, a educação e o incentivo a participação do negro na política, era para Abdias a tentativa do empoderamento de um grupo minoritário que necessita não somente ser ouvido, mas também obter tomar decisões.
    A cultura foi e ainda é um instrumento de poder fortíssimo dentro da sociedade. Ampliar a representação da diversidade cultural é, principalmente para o cenário brasileiro, essencial para que haja uma real democracia - na essência de sua palavra - e para que todos os grupos sociais se vejam participantes de um espaço que são por eles construídos diariamente e compartilhado.

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    1. Ana Beatriz Gobbo de Brito Sousa - R.A 11201722288
      Fernanda Gobo da Silva Alves Sena - R.A. 11201722449
      Guilherme Venturini Floresti - R.A. 11201720300
      Excelente reflexão, principalmente a parte ara o autor, o racismo não se trata apenas de formas aparentes e físicas de discriminação, mas assume formas veladas, perceptíveis apenas quando analisado discursos e ideologias impregnadas no cotidiano.

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  28. Alberto Setúbal: 11201722315
    Bruna Amaral: 11201722582
    Gabriel Lara: 11201720352
    Jade Menezes: 11201720224

    Como já explicitado nos comentários anteriores, Abdias do Nascimento foi um indignado desde pequeno, segundo suas próprias palavras. Buscou em sua vida lutar em prol da população negra e seus direitos, sendo pioneiro na maneira de questionar o racismo estrutural, combatendo o preconceito por ele mesmo sofrido.
    Durante sua trajetória, Abdias se deparou com diversas situações que revelavam a maneira desigual com que o negro sempre foi tratado, escancarando a democracia racial como mito. Uma dessas situações foi a vez em que foi ao teatro em Lima e se deparou com brancos pintados fazendo papéis de negros. Nesse momento, surgiu em Abdias a convicção de que ele teria que fazer um teatro negro no Brasil.
    Assim, criou o teatro experimental do negro, que visava, por meio da representatividade e lugar de fala, integrar o negro na cena nacional, sustentando uma luta contra o colonialismo cultural do Brasil. Ao reproduzir no palco os problemas existenciais dessa população marginalizada, afirmou a identidade negra que até então era excluída da história nacional, mesmo constituindo uma maioria numérica. E assim, deu início a mostras culturais feitas por negros para a população negra, antes com pouca representatividade.
    É devido à sua luta por diversos meios artísticos e políticos, que conseguiram-se promover ações afirmativas, tornando o negro protagonista de sua própria história, deixando de ser meramente um objeto de estudo.

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    1. Alberto Setúbal: 11201722315
      Bruna Amaral: 11201722582
      Gabriel Lara: 11201720352
      Jade Menezes: 11201720224

      Como diferenciais e características importantes, destaca-se a questão do lugar de fala. Por ser negro, ao abordar questões de discriminação e racismo, a situação torna-se ainda mais evidenciada, já que o autor vivencia o preconceito na prática. Este preconceito, mesmo que cotidiano, era até então velado na nossa cultura e começa a ser explicitado.
      Além disso, questiona a cultura e realidade brasileira resgatando matrizes africanas, destacando a importância da cultura negra na formação histórica do Brasil. Até então, o negro era visto como um objeto, uma parte secundária da história, a partir de uma visão eurocêntrica da formação cultural brasileira.
      É graças a questionamentos como o de Abdias que a população negra cada vez mais é vista como protagonista de sua própria história e tem sua importância valorizada.

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    2. Alberto Setúbal: 11201722315
      Bruna Amaral: 11201722582
      Gabriel Lara: 11201720352
      Jade Menezes: 11201720224

      Excelente reflexão sobre a contribuição do Abdias!

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  29. Este comentário foi removido pelo autor.

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  30. jean victor 11201722491
    maria eloisa 11201221461
    vinicius lima 11201722035

    complementando o comentário de juan herbas

    Outra questão apresentada foi também a defesa de que o negro não deve ser apenas um objeto de estudo mas sim participar da elaboração desses estudos, ou seja, protagonizar sua luta. Um exemplo disso é o livro Quilombolismo, de Abdias, no qual faz referencia a Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares,expondo-o como herói nacional e colocando a figura do negro como peça principal na formação da sociedade brasileira; usa a sua imagem como modo de incentivar a luta dos negros, em prol de uma formação de uma sociedade livre e igualitária entre brancos, negros e mistos, assim como ocorria no quilombo, buscando quebrar a dominação da elite branca, sobre a classe negra, que constituía a maioria da população brasileira. Esse pensamento de Abdias, serve de base para a elaboração da Movimento Negro Contemporâneo, que nos dias atuais continua na luta, através de reivindicações e politicas publica, a busca da igualdade entre negros e o restante da sociedade.


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    1. jean victor 11201722491
      maria eloisa 11201221461
      vinicius lima 11201722035

      Em diversos momentos da sua vida, Abdias passou por situações de racismo. Entre eles podemos citar um evento ocorrido na sua infância: Logo após se formar, aos 14 anos, ele consegue um emprego como organizador de livros. Porém, há um tratamento diferenciado para com ele ao o mandarem ir pela parte de trás da carroça, enquanto um branco no mesmo cargo poderia ir na parte da frente, Abdias não aceita tal discriminação.
      Outro momento, muito parecido com o anterior, aconteceu quando Abdias já estava a serviço do Exército militar. Junto a um amigo seu, ele vai a um bar que o fará entrar pela porta dos fundos. Mais uma vez, Abdias não aceita tal ação e começa uma briga no lugar, fazendo assim, com que ele seja preso e expulso do exército.
      Contudo, podemos citar também sua visita a uma peça de teatro, que segundo o próprio autor, foi um dos momentos que mais marcou sua vida. Nesta peça, Abdias deparou-se com um ator branco pintado de preto para representar um personagem negro, tal caracterização é denominada "blackface". Ao se deparar com o "blackface", Abdias Nascimento irá focar sua militância para a representação real do negro na arte, fundamentando o protagonista negro e quebrando esses conceitos europeus de uma elite branca que perpetuam dentro da cultura do âmbito mais básico ao mais amplo.

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  31. Tatiana SOUZA RA:11201721434
    Alice de Carvalho RA:11201720646
    Anaelisa Magalhães RA:11201722028
    Pedro Cerqueira Ra:11201722090

    O conceito de Abdias surge da inquietação ao perceber um racismo velado na sociedade, sociedade essa que tenta propagar a ideia de uma democracia racial, essa ideia por ele questionada cai por terra ao perceber as práticas racistas disseminadas e repetidas cotidianamente. Para isso, uma das maneiras dessas práticas depreciativas começa na formação básica dos indivíduos.
    É nesse sentido que Abdias manifesta sua indignação, ela vai vasculhar minuciosamente a história de seu povo e, assim, constará a importância de Zumbi, por exemplo. Líder negro, assassinado em 20 de novembro, Zumbi lutou, criando os quilombos, uma sociedade de iguais, lugar onde brancos e negros tinham direito de oportunidades no mesmo nível, a grande referência, portanto, não seria a Lei Áurea, mas sim a figura de Zumbi dos Palmares.
    Essa igualdade, no entanto, foi totalmente extinguida e não se faz presente na atualidade. Homens e mulheres negros, têm, dentro da sociedade brasileira, sua cultura negada desde a formação básica dos indivíduos, na escola os alunos são submetidos a ensinos que exaltam a sociedade branca na mesma proporção que menosprezam o mundo dos afrodescendentes. Contudo, com esse apagamento, os negros distanciam cada vez mais dos grandes centros culturais, os diálogos populares, tornando essa população leiga dos seus direitos.
    Ainda hoje, essa população é deixada de escanteio nos assuntos sociais, mulheres negras são negligenciadas em maternidades, homens negros considerados criminosos –Abdias, inclusive aponta essa questão quanto alguém diz "pega Ladrão" e é o negro que está sendo perseguido - crianças têm sua auto estima diminuída e questionada. As estruturas desenvolvidas impedem ainda a ascensão das pessoas negras e põe os brancos em posições privilegiadas.

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    1. Em resposta a Tatiana Souza, consideramos importante seu enfoque no racismo velado e estrutural, visto que Abidias colocava de maneira detalhada e profunda a inserção desigual no negro na sociedade brasileira, bem como uma igualdade social ainda inatingível justamente pela construção cultural fundada na lógica colonial.

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    2. FELIPE HENRIQUES PAIXÃO - RA: 11085114
      JHUAN GABRIEL MENEZES HERBAS - RA: 11201721697
      TUANY ALVES NASCIMENTO - RA: 11201721546

      Ótima referenciação à negação da cultura negra desde a formação básica de toda sua população. Um ponto relevante a se falar é o fato de o genocídio do povo preto não se consistir apenas no extermínio físico, através das forças policiais, mas também através de políticas de embranquecimento da população ou, como dito pelo grupo, através da condenação e supressão da cultura africana na sociedade brasileira — como, por exemplo, o fato de não estudarmos a história do continente africano e seu legado cultural não só para o Brasil, mas também para o mundo. Ou seja, trata-se de um genocídio que pode ser visto também como político.

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    3. Tatiana SOUZA RA:11201721434
      Alice de Carvalho RA:11201720646
      Anaelisa Magalhães RA:11201722028
      Pedro Cerqueira Ra:11201722090
      Muito boa a análise tanto da vida quanto da obra de Abidas, mas poderia se aprofundar no conceito de racismo.

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  32. Este comentário foi removido pelo autor.

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  33. Bruno Alves RA: 11201720688
    Hemerson Fé RA: 11201722900
    Otávio Vrech RA: 11201722623
    Richard Oliveira RA: 11201722031

    Continuando a linha de raciocínio de alguns grupos anteriores, de que Abdias Nascimento (maneira pela qual ele preferia ser designado) tinha uma indignação, referente as desigualdades e o racismo, presente desde os seus tempos de criança, que observava e vivia situação de penúria que o negro brasileiro passava e passa. Essa indignação precoce fez com que Abdias fizesse de sua vida uma verdadeira militância e luta viva.
    O primeiro contato impactante de Abdias em relação ao racismo ocorreu logo em sua primeira infância, onde ele observou um amiguinho negro apanhando sem a menor justificativa, viu também sua mãe intervindo no ato a apontando aquela situação como uma questão de racismo, já que o casal que cuidava da mesma era branco e a situação era recorrente. A partir dessa primeira situação de racismo, Abdias nunca mais visualizou o mundo da mesma maneira.
    Desde então, todos os atos de sua vida foram guiados e alicerceados pela luta contra o racismo e pela igualdade racial: na arte, através do teatro de sentenciado e através de suas obras plásticas; na arte pedagógica, através do Teatro Experimental do Negro; na mídia, através do jornal Quilombo e na política, através de seu ingresso num partido com uma visão progressista e com a criação de um braço político que tivesse a questão dos problemas vividos pelo negro brasileiro como foco. E se comprometeu a poder demonstrar à sociedade como o povo negro poderia estar presente em qualquer esfera, sendo protagonista da própria vida e da própria história.
    De todos os autores expostos na disciplina “Interpretações do Brasil”, Abdias foi o único que tocou na questão da vida e história do povo negro de uma maneira interiorizada, já que era negro e passou por todos os percalços impostos pelo racismo presente na sociedade. Toda vez que vemos um negro inserido na arte, na mídia, na academia ou na política, vemos ali Abdias e suas marcas deixadas na sociedade brasileira.

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    1. Bruno Alves RA: 11201720688
      Hemerson Fé RA: 11201722900
      Otávio Vrech RA: 11201722623
      Richard Oliveira RA: 11201722031
      Muito boa análise da vida de Abdias, mas não explicitou o seu conceito de racismo.

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  34. Miguel Ramos de Oliveira 11201721030
    Manuela Melo Aires 11201722641
    Beatriz Behling da Silva 11201722340
    Rodrigo Caldeira 11201722827

    Abdias enxerga o racismo como um problema institucionalizado pois, a sua presença em diversas camadas da sociedade refletem em toda máquina estatal, onde não há representatividade negra em nenhum dos três poderes. A reprodução estrutural do sistema escravagista, em que o branco manda e o negro é marginalizado, tem reflexos inclusive na educação básica onde na escola é ministrado que toda a cultura nacional tem ascendência européia, enquanto toda a história do povo negro é reduzida a escravidão e submissão para com os brancos. Essa prática que, ao mesmo tempo que mina toda propriedade intelectual e cultural afrodescendente, engrandece qualquer resquício de propriedades eurodescendentes endossa o racismo generalizado pois a sociedade como um todo que partindo dessas referências jamais enxergará o negro como protagonista. Tendo em mente a nocividade desse rombo histórico na educação brasileque e da falta de representatividade do negro nas instituições públicas, Abdias se candidatou a senador pelo PDT, onde apresentou uma série de projetos para que a cultura africana fosse contemplada nas escolas.

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    1. Miguel Ramos de Oliveira 11201721030
      Manuela Melo Aires 11201722641
      Beatriz Behling da Silva 11201722340
      Rodrigo Caldeira 11201722827
      Boa reflexão sobre o negro no Brasil com a ponte ao passado colonial, mas não fala da diferenciação do racismo velado.

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  35. Kaue Romano 11201722151
    Suelen Rocha 11201721451
    Vitoria Fernandes 11201722762
    Abdias do Nascimento teve um papel fundamental na militância negra brasileira, lutando por direitos civis igualitários e reconhecimento dessa população marginalizada, que sofre com o descaso do Estado e abusos até os dias atuais. Além de ter sido ativista da causa negra, Abdias também foi um político, escritor e dramaturgo que revolucionou o pensamento da cultura negra no pais.
    Abdias combatia todas as formas de racismo, que em sua concepção era estrutural, institucionalizado e silencioso, uma vez que esse pensamento é enraizado culturalmente desde o período colonial, fazendo com que tal problemática persista ate os dias de hoje de maneira velada, porém não menos agressiva para as relações sociais e a organização da sociedade brasileira.
    De acordo com o autor, o negro teve um papel essencial para a formação sociocultural, econômica e política da sociedade brasileira, pois o negro além de embargar um repertorio cultural próprio, foi responsável pela civilização e construção social do pais. Entretanto, justamente por sua posição inferiorizada e menosprezada desde o período colonial, essa camada social possuí uma visibilidade negativa e preconceituosa que condicionou o fortalecimento e a persistência do racismo no Brasil.
    Diante disso, uma das principais atuações do autor no contexto da luta contra a descriminalização racial foi a dramaturgia, principalmente com o teatro do sentenciado, criado por Abdias enquanto presidiário depois de rejeitar algumas imposições sociais que Refletiam um apartheid no pais, como a restrição da entrada de negros em estabelecimentos. Esse teatro buscava a inserção negra no âmbito da dramaturgia, visto que as interpretações de papeis negros eram realizadas por brancos pintados com tinta preta no processo que ficou conhecido como "Blackface".
    Sendo assim, a participação de Abdias nas questões sociais foi essencial para a reflexão do racismo enraizado na cultura brasileira, bem como legitimar a cultura negra da sua importância na construção da nossa nação.

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    1. Kaue Romano 11201722151
      Suelen Rocha 11201721451
      Vitoria Fernandes 11201722762
      Excelente ao fazer a ponte entre a vida de Abdias, o tipo de racismo que combatia e a arte.

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  36. jean victor 11201722491
    maria eloisa 11201221461
    vinicius lima 11201722035

    Resposta a moderadora no grupo do facebook (UFABC - Universidade Federal do ABC): "O que é o mito da democracia racial?"

    Segundo Gilberto Freyre, a democracia racial aconteceria no Brasil pelo fato da miscigenação ocorrida a partir do período colonial ter sido essencial na formação do povo brasileiro. Logo, considerando que não haveria uma separação definitiva entre "raças", no Brasil, não teríamos o racismo, formulando-se assim o mito da democracia racial.
    No entanto, Abdias Nascimento enxerga essa teoria como errônea, uma vez que apesar da miscigenação, nós temos uma cultura que prioriza o branco em diversos fatores, fazendo com que haja uma distinção entre raças e etnias a partir da cor e tornando o racismo, mesmo que camuflado, presente na vida do povo brasileiro.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. jean victor 11201722491
      maria eloisa 11201221461
      vinicius lima 11201722035

      O mito da democracia racial mostra sua deficiência no momento em que Abdias é convidado a trabalhar como organizado de livros, porém, para que ele chegue até o emprego, deveria ir na parte de trás de um caminhão junto com galinhas, um outro momento é quando é obrigado a entrar pelas portas do fundo de um bar simplesmente por ser negro, mostrando que a desigualdade ainda estava presente na sociedade brasileira e que o mito da desigualdade racial servia para entorpecente os negros e dizer que havia uma igualdade que na verdade não existia.

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    3. jean victor 11201722491
      maria eloisa 11201221461
      vinicius lima 11201722035
      Muito Bom comentário e réplica a moderadora, melhorou no último comentário.

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  37. No post do Victor Ditzel Fazani era pra adicionar o RA 11201722222 só que não dá mais pra editar, tem algum problema?

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  38. Comentário geral: Gostei muito dessa atividade principalmente da participação de todos e de terem se preocupado em estimular um debate virtual. Não considerei a 2a. parte da questão, sobre performance pois ninguém respondeu. O critério foi a 1a. parte (racismo) e se respondeu ao comentário da moderadora.

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