Este Blog é um instrumento para a comunicação e divulgação de atividades da disciplina "Interpretações do Brasil", ministrada pelo Profª. Dra. Ana Maria Dietrich para os alunos da UFABC.
sábado, 1 de outubro de 2011
Pesquisas Sobre Sincretismo Religioso
Esse espaço é para a postagem das pesquisas feitas sobre o sincretismo religioso no Brasil.
Caso estejam em dúvida do que postar pode me procurar que eu esclarecerei qualquer dúvida.
Um exemplo do que deve ser pesquisado é a música que o aluno Jefferson apresentou aula passada.
O Brasil é realmente um país de misturas, um páis multicultural, e isso aconteceu devido a sua colonização, junção de diferentes povos, muitos problemas e a sucessão de gerações. Uma das primeiras ‘misturas’ foi a religiosa, ou mais precisamente o sincretismo religioso. Isso de certa forma pode ter ajudado na construção desse nosso país no formato em que é atualmente. Se formos analisar de maneira até mesmo despretensiosa conseguimos encontrar com certa facilidade exemplos de sincretismo religioso no nosso dia-a-dia, exemplos que podem ser sátiras, homenagens, em músicas, textos, livros, filmes, até mesmo na criação de imagens religiosas respeitadas, e tudo isso que é o mais interessante. Um exemplo de música que fala disso com certo tom de homenagem a essas misturas com bastante força no Brasil, é a música de Martinho da Vila ao qual possui um nome bem claro ‘Sincretismo Religioso’. Na música ele fala do povo brasileiro e sua miscigenação, ao longo de seus versos ele coloca algumas ‘saudações’ ou expressões comuns de certas religiões e que por aqui muitas vezes são usadas em várias ocasiões e as vezes até conjuntamente, como por exemplo ‘Aleluia’, ‘Shalom’, ‘Al Salam Alaikum’, etc. Ele também diz que todos os povos são filhos de Senhor, que o Senhor realmente está em toda parte já que existem várias religiões com o seu ‘diferente’ Senhor, fala como toda essa mistura pode atingir certa paz e que tudo isso pode ser positivo. http://letras.terra.com.br/martinho-da-vila/311204/ (Letra completa da música Sincretismo Religioso – Martinho Da Vila) Outro exemplo interessante de Sincretismo Religioso que acontecia no Brasil em seu tempo de Colônia e enquanto a escravidão ainda existia, foi com a associação de Orixás, dos escravos negros vindos da Africa, de seus rituais do Camdomblé com os Santos da Igreja Católica já que esses eram proibidos de terem suas religiões praticadas por aqui, e como forma de disfarce faziam essas associações, como por exemplo, o orixá Ogun com o Santo Antonio, Oxóssi com São Sebastião e muitos outros.
Lançamento: 1962 (Brasil) Direção: Anselmo Duarte Duração: 95 min Gênero: Drama Atores: Leonardo Villar, Norma Bengell, Glória Menezes, Dionísio Azevedo.
Sinopse: Zé do Burro (Leonardo Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé é atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com o cafetão Bonitão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba.
Link para um trecho do filme: http://www.youtube.com/watch?v=XPLN_ZE3b68&feature=fvst
Saravá, rapaziada! - Saravá ! Axé pra mulherada brasileira! - Axé! Êta, povo brasileiro! Miscigenado, Ecumênico e religiosamente sincretizado Ave, ó, ecumenismo! Ave! Então vamos fazer uma saudação ecumênica Vamos? Vamos! Aleluia - aleluia! Shalom - shalom! Al Salam Alaikum! - Alaikum Al Salam! Mucuiu nu Zambi - Mucuiu! Ê, ô, todos os povos são filhos do senhor! Deus está em todo lugar. Nas mãos que criam, nas bocas que cantam, nos corpos que dançam, nas relações amorosas, no lazer sadio, no trabalho honesto. Onde está Deus? - Em todo lugar! Olorum, Jeová, Oxalá, Alah, N`Zambi. . . Jesus! E o espírito Santo? É Deus! Salve sincretismo religioso! - Salve! Quem é Omulu, gente? - São Lázaro! Iansã? - Santa Bárbara! Ogum? - São Jorge! Xangô? - São Jerônimo! Oxossi? - São Sebastião! Aioká, Inaê, Kianda - Iemanjá! Viva a no Nossa Senhora Aparecida! - Padroeira do Brasil! Iemanjá, Iemanjá, Iemanjá, Iemanjá São Cosme, Damião, Doum, Crispim, Crispiniano, Radiema. . . É tudo Erê - Ibeijada Salve as crianças! - Salve! Axé pra todo mundo, axé Muito axé, muito axé Muito axé, pra todo mundo axé Muito axé, muito axé Muito axé, pra todo mundo axé Energia, Saravá, Aleluia, Shalom, Amandla, caninambo! - Banzai! Na fé de Zambi - Na paz do senhor, Amém!
Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano "O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar" Racismo, preconceito e discriminação em geral; É uma burrice coletiva sem explicação Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união Mas demonstra claramente Infelizmente Preconceitos mil De naturezas diferentes Mostrando que essa gente Essa gente do Brasil é muito burra E não enxerga um palmo à sua frente Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente Eliminando da mente todo o preconceito E não agindo com a burrice estampada no peito A "elite" que devia dar um bom exemplo É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento Num complexo de superioridade infantil Ou justificando um sistema de relação servil E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação Não tem a união e não vê a solução da questão Que por incrível que pareça está em nossas mãos Só precisamos de uma reformulação geral Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil Não seja um ignorante Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante O quê que importa se ele é nordestino e você não? O quê que importa se ele é preto e você é branco Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços Se você discorda, então olhe para trás Olhe a nossa história Os nossos ancestrais O Brasil colonial não era igual a Portugal A raiz do meu país era multirracial Tinha índio, branco, amarelo, preto Nascemos da mistura, então por que o preconceito? Barrigas cresceram O tempo passou Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor Uns com a pele clara, outros mais escura Mas todos viemos da mesma mistura Então presta atenção nessa sua babaquice Pois como eu já disse racismo é burrice Dê a ignorância um ponto final: Faça uma lavagem cerebral
Negros e nordestinos constróem seu chão Trabalhador da construção civil conhecido como peão No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia É revistado e humilhado por um guarda nojento Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói O preconceito é uma coisa sem sentido Tire a burrice do peito e me dê ouvidos Me responda se você discriminaria O Juiz Lalau ou o PC Farias Não, você não faria isso não Você aprendeu que preto é ladrão Muitos negros roubam, mas muitos são roubados E cuidado com esse branco aí parado do seu lado Porque se ele passa fome Sabe como é: Ele rouba e mata um homem Seja você ou seja o Pelé Você e o Pelé morreriam igual Então que morra o preconceito e viva a união racial Quero ver essa música você aprender e fazer A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista É o que pensa que o racismo não existe O pior cego é o que não quer ver E o racismo está dentro de você Porque o racista na verdade é um tremendo babaca Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca E desde sempre não pára pra pensar Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar E de pai pra filho o racismo passa Em forma de piadas que teriam bem mais graça Se não fossem os retratos da nossa ignorância Transmitindo a discriminação desde a infância E o que as crianças aprendem brincando É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica Ninguém explica Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural Todo mundo que é racista não sabe a razão Então eu digo meu irmão Seja do povão ou da "elite" Não participe Pois como eu já disse racismo é burrice Como eu já disse racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal É hora de fazer uma lavagem cerebral Mas isso é compromisso seu Eu nem vou me meter Quem vai lavar a sua mente não sou eu É você.
Encontrei também a história de São Cosme e Damião que desde a minha infância recebo doces tanto no dia 26 como no dia 27 de setembro, devido as crenças dos meus familiares e só me questionei o porquê das datas diferentes, quando houve essa atividade, então resolvi pesquisar sobre o assunto já que faz parte do meu cenário. Na Idade Média, São Cosme e São Damião foram dois jovens que estudaram medicina e faziam serviços voluntários, onde exerciam milagres. Diz a lenda que existia uma mulher, casada há 7 anos e não conseguia ter filhos. Naquela época, isso era motivo de humilhação, ela soube dos milagres dos gêmeos e foi procurá-los, no dia da visita, preparou vários quitutes, doces, e no meio da conversa explicou sua situação. Os jovens satisfeitos com os alimentos, rezaaaram para a moça e deram ervas milagrosas para ela fazer um chá. Após um mês a mulher engravidou e afirmou que foi milagre dos irmãos. Essa é a versão católica, o dia dos santos é 26/07, já na umbanda é comemorado no dia 27/07 e a história relata que havia dois irmãos que traziam sorte para as pessoas em troca de seus milagres pediam doces e brinquedos. Na Bahia as pessoas oferecem caruru, vatapá para seu vizinhos, já no Rio de Janeiro as crianças pedem doces e brinquedos e em São Paulo os doces são entregues as crianças que passam na rua.
Essa música do Chico é bem interessante por usar elementos da vida Colonial e mostrar um conflito bem trabalhado de miscigenação e sincretismo: http://www.youtube.com/watch?v=7H-BbCWZRP8
O documentário "Devoção" expõe a associação que há entre os santos da Igreja Católica e os orixás. Santo Antônio, o santo mais popular do catolicismo, representado no candomblé por Ogum, o mais importante orixá africano, é a grande estrela do filme. Projetar o santo padroeiro a um orixá do candomblé foi estratégia necessária dos escravos africanos para adotar as práticas obrigatórias da religião dos seus dominadores e, ao mesmo tempo, manter a devoção às entidades do candomblé. Eles foram obrigados a se render à fé católica, sobretudo a Santo Antônio. A partir da astúcia dos escravos, nasceu a herança religiosa brasileira. Um apanhado de cenas do documentário: http://youtu.be/ng3P_7OlPm0
Aproveito esse espaço para relatar algo muito bonito, especialmente para quem conhece a história das Escolas Técnicas. Na ETE Lauro gomes, onde eu trabalho, durante os anos 80 (a Era de Ouro da escola) havia uma organização cultural muito forte, especialmente no âmbito religioso. No final do mês de Outubro os jornais da região sempre anunciavam a semana da ETE, um ciclo de eventos no aniversário da escola que chamavam a atenção de toda a cidade, onde se montavam uma grande quantidade de atividades culturais, com todas as turmas montando projetos abertos a toda a comunidade e disputando ferozmente o título de melhor projeto. Havia na época a ABS(Associação Bíblica Secundarista), que agregava alunos de qualquer religião para a montagem de uma coral extramente elogiado, montavam uma seleção de livros cristãos para a biblioteca, apresentações de violão e por aí vai... E o principal disso era um culto ecumênico feito por um padre, um pastor e um terceiro religioso convidado, e contava com a participação de boa parte da escola. O que eu considero muito bonito do relato de algumas funcionárias que me contaram um pouco da história da ETE, é algo dito também por muitos brasileiros, que não interessa qual igreja você faz parte, o que importa é a crença em algo maior, sendo isso uma mostra do respeito praticado por uma grande parte dos brasileiros. Mas desde que o PSDB tomou posse do governo, as ETEs sofreram uma forte intervenção, o ensino técnico foi desmembrado do médio, o arrocho salarial foi desanimando e desmotivando os trabalhadores, a grade foi alterada para se adaptar as exigências do Estado, diminuindo a qualidade do ensino; e nessa bagunça a organização religiosa foi sendo abandonada para se ajeitar a administração ateísta da escola. Mesmo também sendo ateu, jamais permitiria que algo tão simbólico na instituição fosse transformado em algo supérfluo.
É interessante observar diversas colocações sobre as datas comemorativas da Igreja Católica. Em uma conversa com uma amiga, me despertou interesse suas declarações sobre a relação entre o que temos hoje como Natal e uma data comemorativa pagã. Assim, cheguei a um arquivo que trata dessa relação entre certas datas - principalmente a festa junina no Brasil - e outras práticas já existentes antes da incorporação da data pela Igreja Católica [http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/especial/docs/200706-festasjuninas.pdf] Acredito que, nesse arquivo, algumas questões sejam interessantes para serem destacadas. Seguem alguns trechos: "Antes de o cristianismo dominar a Europa, as festas juninas comemoravam a deusa Juno, mulher de Júpiter, que fazia parte do panteão do Império Romano. Para diferenciar as festas de Juno da festa de João, a Igreja Católica passou a chamá-las 'joaninas'. Com o tempo, as festas joaninas, realizadas em junho, acabaram sendo mais conhecidas como 'juninas'. " "Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Ocidente, no século IV, as principais celebrações pagãs foram sendo incorporadas ao calendário das festas católicas." "para justificar o uso do fogo na festa cristã, conta-se que Santa Isabel teria acendido uma fogueira para avisar Maria – sua prima – do nascimento de seu filho João Batista. As comemorações foram ampliadas no século XIII, incluindo o dia da morte de Santo Antônio de Pádua, 13 de junho, e o da morte de São Pedro, 29 de junho." A questão do sincretismo, nesse caso, não se deu apenas no Brasil, como sugere a atividade. No entanto, como é visto no texto, a incorporação da data pelas culturas locais se deu por uma questão anterior à prática católica: " Em especial as festas joaninas – comemoradas com fogueiras, rezas e muita alegria –, que coincidiam com o período em que os índios realizavam seus rituais de fertilidade.". Certas práticas da "Festa Junina" são também tipicamente brasileiras, como os alimentos aqui servidos na ocasião.
O sincretismo religioso está retratado em nossas artes plásticas e em nossa literatura. Exemplo desta "identidade artística mestiça" pode ser observada em Guimarães Rosa em Grande Sertão Veredas:
"Eu cá, não perco ocasião de religião. Aproveito de todas. Bebo água de todo rio... Uma só, pra mim é pouca talvez não me chegue. Rezo cristão, católico, embrenho a certo; e aceito as preces de compadre meu Quelemém, doutrina dele, de Cardérque. Mas, quando posso, vou no Mindubim, onde um Matias é crente, metodista: a gente se acusa de pecador, lê alto a Bíblia, e ora, cantando hinos belos deles. (...) Olhe: tem uma preta, Maria Leôncia, longe daqui não mora, as rezas dela afamam muita virtude de poder. Pois a ela pago, todo mês – encomenda de rezar por mim um terço, todo santo dia, e nos domingos, um rosário". (ROSA, 1986: 8-9).
Nas artes plásticas, as características do sincretismo religioso estão em quadros e esculturas. Os dois links que seguem expõem algumas dessas imagens:
pequena reunião de materiais encontrados que tratam da questão do racismo do homem negro com o homem branco:
1) Pesquisa feita por professores da Harvard Business School e Tufts University mostra que hoje, nos Estados Unidos, o homem branco se sente mais descriminado do que o homem negro: http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/8535150/Racism-is-worse-for-white-Americans-than-black-Americans.html
2) Ministra afirma que "negro contra branco não é racismo": http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/03/070326_ministramatildedb.shtml
Notícia na globo.com sobre o assunto: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,AA1502005-5598,00-NEGRO+CONTRA+BRANCO+NAO+E+RACISMO+DIZ+MINISTRA.html
3) Música Racionais Mc's - Hey Boy, que também pode ser relacionada ao assunto tratado: http://www.vagalume.com.br/racionais-mcs/hey-boy.html
Pessoal, gostei das inúmeras referências postadas nesse post sincretismo religioso. Com relação a racismo de negro contra brancos, temos que tomar cuidado por o que está por trás dessas argumentações, uma vez que a base delas se resume a intolerância. Difícil é para todos é ressignificar tais ideias pre-concebidas e olhar com um olhar histórico e sério para o passado no intuito de compreender nossas desigualdades, inclusive, com relação a imensa população de origem afro do Brasil. Aos que são contra essa posição, sugiro que escrevam um artigo mesmo que curto e me mandem para podermos discutir melhor e observar os pontos de vista. Cuidado com as fontes, os "intolerantes" também usam de pesquisas renomadas para justificar seu preconceito, basta fazer uma busca rápida em sites neonazistas para vcs. perceberem. att Profa. Dra. Ana Maria Dietrich
"Sincretismo religioso ocorre quando um padre tem medo de passar debaixo da escada."
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=MR-rwP5lCyg
O Brasil é realmente um país de misturas, um páis multicultural, e isso aconteceu devido a sua colonização, junção de diferentes povos, muitos problemas e a sucessão de gerações. Uma das primeiras ‘misturas’ foi a religiosa, ou mais precisamente o sincretismo religioso. Isso de certa forma pode ter ajudado na construção desse nosso país no formato em que é atualmente. Se formos analisar de maneira até mesmo despretensiosa conseguimos encontrar com certa facilidade exemplos de sincretismo religioso no nosso dia-a-dia, exemplos que podem ser sátiras, homenagens, em músicas, textos, livros, filmes, até mesmo na criação de imagens religiosas respeitadas, e tudo isso que é o mais interessante.
ResponderExcluirUm exemplo de música que fala disso com certo tom de homenagem a essas misturas com bastante força no Brasil, é a música de Martinho da Vila ao qual possui um nome bem claro ‘Sincretismo Religioso’. Na música ele fala do povo brasileiro e sua miscigenação, ao longo de seus versos ele coloca algumas ‘saudações’ ou expressões comuns de certas religiões e que por aqui muitas vezes são usadas em várias ocasiões e as vezes até conjuntamente, como por exemplo ‘Aleluia’, ‘Shalom’, ‘Al Salam Alaikum’, etc. Ele também diz que todos os povos são filhos de Senhor, que o Senhor realmente está em toda parte já que existem várias religiões com o seu ‘diferente’ Senhor, fala como toda essa mistura pode atingir certa paz e que tudo isso pode ser positivo.
http://letras.terra.com.br/martinho-da-vila/311204/ (Letra completa da música Sincretismo Religioso – Martinho Da Vila)
Outro exemplo interessante de Sincretismo Religioso que acontecia no Brasil em seu tempo de Colônia e enquanto a escravidão ainda existia, foi com a associação de Orixás, dos escravos negros vindos da Africa, de seus rituais do Camdomblé com os Santos da Igreja Católica já que esses eram proibidos de terem suas religiões praticadas por aqui, e como forma de disfarce faziam essas associações, como por exemplo, o orixá Ogun com o Santo Antonio, Oxóssi com São Sebastião e muitos outros.
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,papa-critica-sincretismo-religioso-no-brasil,538753,0.htm
ResponderExcluirVisão negativista e tradicional quanto o sincretismo religioso:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=0vUpAgP1f4Q
Sincretismo no Brasil:
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/12/sincretismo-marca-homenagem-nossa-senhora-da-conceicao-na-ba.html
Um casamento como o de Luciano Huck e Angélica, celebrado por um padre e um rabino. Quais as bases religiosas que sustentarão a família?
ResponderExcluirhttp://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2004/not20041029p6796.htm
http://ocandomble.wordpress.com/2008/05/11/sincretismo/
ResponderExcluirInteressante essa relação de sincretismo entre os santos católicos e orixás.
Filme: O Pagador de Promessas
ResponderExcluirLançamento: 1962 (Brasil)
Direção: Anselmo Duarte
Duração: 95 min
Gênero: Drama
Atores: Leonardo Villar, Norma Bengell, Glória Menezes, Dionísio Azevedo.
Sinopse:
Zé do Burro (Leonardo Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé é atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com o cafetão Bonitão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba.
Link para um trecho do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=XPLN_ZE3b68&feature=fvst
http://www.youtube.com/watch?v=6kc1Dcs76TI
ResponderExcluirSincretismo Religioso
ResponderExcluirMartinho da Vila
Saravá, rapaziada! - Saravá !
Axé pra mulherada brasileira! - Axé!
Êta, povo brasileiro! Miscigenado,
Ecumênico e religiosamente sincretizado
Ave, ó, ecumenismo! Ave!
Então vamos fazer uma saudação ecumênica
Vamos? Vamos!
Aleluia - aleluia!
Shalom - shalom!
Al Salam Alaikum! - Alaikum Al Salam!
Mucuiu nu Zambi - Mucuiu!
Ê, ô, todos os povos são filhos do senhor!
Deus está em todo lugar. Nas mãos que criam, nas bocas que cantam, nos corpos que dançam, nas relações amorosas, no lazer sadio, no trabalho honesto.
Onde está Deus? - Em todo lugar!
Olorum, Jeová, Oxalá, Alah, N`Zambi. . . Jesus!
E o espírito Santo? É Deus!
Salve sincretismo religioso! - Salve!
Quem é Omulu, gente? - São Lázaro!
Iansã? - Santa Bárbara!
Ogum? - São Jorge!
Xangô? - São Jerônimo!
Oxossi? - São Sebastião!
Aioká, Inaê, Kianda - Iemanjá!
Viva a no Nossa Senhora Aparecida! - Padroeira do Brasil!
Iemanjá, Iemanjá, Iemanjá, Iemanjá
São Cosme, Damião, Doum, Crispim, Crispiniano, Radiema. . .
É tudo Erê - Ibeijada
Salve as crianças! - Salve!
Axé pra todo mundo, axé
Muito axé, muito axé
Muito axé, pra todo mundo axé
Muito axé, muito axé
Muito axé, pra todo mundo axé
Energia, Saravá, Aleluia, Shalom,
Amandla, caninambo! - Banzai!
Na fé de Zambi - Na paz do senhor, Amém!
http://youtu.be/--INnklDTKk
ResponderExcluirvideo relacionado com a letra da música do Martinho da Vila,descreve muito bem a mistura religiosa no Brasil.
Gabriel O Pensador - Racismo é Burrice
ResponderExcluirSalve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
(continuação)
ResponderExcluirNegros e nordestinos constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem os retratos da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você.
Sincretismo Sérgio Santos
ResponderExcluirO negro religioso
Dentro de casa tem seu gongá
Porém desde o cativeiro
Mudou de nome seu Orixá
E assim Dona Janaína
É Nossa Senhora da Conceição,
Oxum é a das Candeias,
Oxossi é São Sebastião
Saravá
Meu santo,
Amém.
São Roque é Obaluaiê
Como Santa Bárbara é Iansã,
São Lázaro é Omolu,
São Jorge é Ogum, Santana é Nana
E assim São Bartolomeu é Oxumaré,
São Pedro é Xangô,
Obá é Joana D'Arc
E Pai Oxalá é Nosso Senhora
Saravá
Meu santo. Amém.
Encontrei também a história de São Cosme e Damião que desde a minha infância recebo doces tanto no dia 26 como no dia 27 de setembro, devido as crenças dos meus familiares e só me questionei o porquê das datas diferentes, quando houve essa atividade, então resolvi pesquisar sobre o assunto já que faz parte do meu cenário.
ResponderExcluirNa Idade Média, São Cosme e São Damião foram dois jovens que estudaram medicina e faziam serviços voluntários, onde exerciam milagres.
Diz a lenda que existia uma mulher, casada há 7 anos e não conseguia ter filhos. Naquela época, isso era motivo de humilhação, ela soube dos milagres dos gêmeos e foi procurá-los, no dia da visita, preparou vários quitutes, doces, e no meio da conversa explicou sua situação. Os jovens satisfeitos com os alimentos, rezaaaram para a moça e deram ervas milagrosas para ela fazer um chá. Após um mês a mulher engravidou e afirmou que foi milagre dos irmãos.
Essa é a versão católica, o dia dos santos é 26/07, já na umbanda é comemorado no dia 27/07 e a história relata que havia dois irmãos que traziam sorte para as pessoas em troca de seus milagres pediam doces e brinquedos. Na Bahia as pessoas oferecem caruru, vatapá para seu vizinhos, já no Rio de Janeiro as crianças pedem doces e brinquedos e em São Paulo os doces são entregues as crianças que passam na rua.
Essa música do Chico é bem interessante por usar elementos da vida Colonial e mostrar um conflito bem trabalhado de miscigenação e sincretismo: http://www.youtube.com/watch?v=7H-BbCWZRP8
ResponderExcluirO documentário "Devoção" expõe a associação que há entre os santos da Igreja Católica e os orixás. Santo Antônio, o santo mais popular do catolicismo, representado no candomblé por Ogum, o mais importante orixá africano, é a grande estrela do filme. Projetar o santo padroeiro a um orixá do candomblé foi estratégia necessária dos escravos africanos para adotar as práticas obrigatórias da religião dos seus dominadores e, ao mesmo tempo, manter a devoção às entidades do candomblé. Eles foram obrigados a se render à fé católica, sobretudo a Santo Antônio. A partir da astúcia dos escravos, nasceu a herança religiosa brasileira.
ResponderExcluirUm apanhado de cenas do documentário: http://youtu.be/ng3P_7OlPm0
Segue o link da música que eu apresentei na sala:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=G4TitV95vGw
Aproveito esse espaço para relatar algo muito bonito, especialmente para quem conhece a história das Escolas Técnicas. Na ETE Lauro gomes, onde eu trabalho, durante os anos 80 (a Era de Ouro da escola) havia uma organização cultural muito forte, especialmente no âmbito religioso. No final do mês de Outubro os jornais da região sempre anunciavam a semana da ETE, um ciclo de eventos no aniversário da escola que chamavam a atenção de toda a cidade, onde se montavam uma grande quantidade de atividades culturais, com todas as turmas montando projetos abertos a toda a comunidade e disputando ferozmente o título de melhor projeto. Havia na época a ABS(Associação Bíblica Secundarista), que agregava alunos de qualquer religião para a montagem de uma coral extramente elogiado, montavam uma seleção de livros cristãos para a biblioteca, apresentações de violão e por aí vai...
ResponderExcluirE o principal disso era um culto ecumênico feito por um padre, um pastor e um terceiro religioso convidado, e contava com a participação de boa parte da escola. O que eu considero muito bonito do relato de algumas funcionárias que me contaram um pouco da história da ETE, é algo dito também por muitos brasileiros, que não interessa qual igreja você faz parte, o que importa é a crença em algo maior, sendo isso uma mostra do respeito praticado por uma grande parte dos brasileiros.
Mas desde que o PSDB tomou posse do governo, as ETEs sofreram uma forte intervenção, o ensino técnico foi desmembrado do médio, o arrocho salarial foi desanimando e desmotivando os trabalhadores, a grade foi alterada para se adaptar as exigências do Estado, diminuindo a qualidade do ensino; e nessa bagunça a organização religiosa foi sendo abandonada para se ajeitar a administração ateísta da escola. Mesmo também sendo ateu, jamais permitiria que algo tão simbólico na instituição fosse transformado em algo supérfluo.
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ResponderExcluirÉ interessante observar diversas colocações sobre as datas comemorativas da Igreja Católica. Em uma conversa com uma amiga, me despertou interesse suas declarações sobre a relação entre o que temos hoje como Natal e uma data comemorativa pagã. Assim, cheguei a um arquivo que trata dessa relação entre certas datas - principalmente a festa junina no Brasil - e outras práticas já existentes antes da incorporação da data pela Igreja Católica [http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/especial/docs/200706-festasjuninas.pdf]
ResponderExcluirAcredito que, nesse arquivo, algumas questões sejam interessantes para serem destacadas. Seguem alguns trechos:
"Antes de o cristianismo dominar a Europa, as festas juninas comemoravam a deusa Juno, mulher de Júpiter, que fazia parte do panteão do Império Romano. Para diferenciar as festas de Juno da festa de João, a Igreja Católica passou a chamá-las 'joaninas'. Com o tempo, as festas joaninas, realizadas em junho, acabaram sendo mais conhecidas como 'juninas'. "
"Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Ocidente, no século IV, as principais celebrações pagãs foram sendo incorporadas ao calendário das festas católicas."
"para justificar o uso do fogo na festa cristã, conta-se que Santa Isabel teria acendido uma fogueira para avisar Maria – sua prima – do nascimento de seu filho João Batista. As comemorações foram ampliadas no século XIII, incluindo o dia da morte de Santo Antônio de Pádua, 13 de junho, e o da morte de São Pedro, 29 de junho."
A questão do sincretismo, nesse caso, não se deu apenas no Brasil, como sugere a atividade. No entanto, como é visto no texto, a incorporação da data pelas culturas locais se deu por uma questão anterior à prática católica: " Em especial as festas joaninas – comemoradas com fogueiras, rezas e muita alegria –, que coincidiam com o período em que os índios realizavam seus rituais de fertilidade.". Certas práticas da "Festa Junina" são também tipicamente brasileiras, como os alimentos aqui servidos na ocasião.
Achei uma coisa diferente, porém não menos interessante. Um bar na Mooca que é inspirado no sincretismo religioso:
ResponderExcluirhttp://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/noticias/2252-surge-na-mooca-bar-inspirado-no-sincretismo-religioso-
O sincretismo religioso está retratado em nossas artes plásticas e em nossa literatura. Exemplo desta "identidade artística mestiça" pode ser observada em Guimarães Rosa em Grande Sertão
ResponderExcluirVeredas:
"Eu cá, não perco ocasião de religião. Aproveito de todas. Bebo água de todo rio... Uma só, pra mim é pouca talvez não me chegue. Rezo cristão, católico, embrenho a certo; e aceito as preces de compadre meu Quelemém, doutrina dele, de Cardérque. Mas, quando posso, vou no Mindubim, onde um Matias é crente, metodista: a gente se acusa de pecador, lê alto a Bíblia, e ora, cantando hinos belos deles. (...)
Olhe: tem uma preta, Maria Leôncia, longe daqui não mora, as rezas dela afamam muita virtude de
poder. Pois a ela pago, todo mês – encomenda de rezar por mim um terço, todo santo dia, e nos
domingos, um rosário". (ROSA, 1986: 8-9).
Nas artes plásticas, as características do sincretismo religioso estão em quadros e esculturas. Os dois links que seguem expõem algumas dessas imagens:
http://www.unc.edu/~hdefays/courses/span330/arte/sincretismo.html
http://www.iar.unicamp.br/galeria/rogerio_lima/index.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142004000100012&script=sci_arttext
ResponderExcluirhttp://www.editoraufjf.com.br/revista/index.php/revistainstrumento/article/viewFile/1176/954
breve pesquisa,com o objetivo de melhor entender o debate estabelecido em sala de aula.
pequena reunião de materiais encontrados que tratam da questão do racismo do homem negro com o homem branco:
ResponderExcluir1) Pesquisa feita por professores da Harvard Business School e Tufts University mostra que hoje, nos Estados Unidos, o homem branco se sente mais descriminado do que o homem negro:
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/8535150/Racism-is-worse-for-white-Americans-than-black-Americans.html
2) Ministra afirma que "negro contra branco não é racismo":
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/03/070326_ministramatildedb.shtml
Notícia na globo.com sobre o assunto:
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,AA1502005-5598,00-NEGRO+CONTRA+BRANCO+NAO+E+RACISMO+DIZ+MINISTRA.html
3) Música Racionais Mc's - Hey Boy, que também pode ser relacionada ao assunto tratado:
http://www.vagalume.com.br/racionais-mcs/hey-boy.html
Pessoal, gostei das inúmeras referências postadas nesse post sincretismo religioso.
ResponderExcluirCom relação a racismo de negro contra brancos, temos que tomar cuidado por o que está por trás dessas argumentações, uma vez que a base delas se resume a intolerância. Difícil é para todos é ressignificar tais ideias pre-concebidas e olhar com um olhar histórico e sério para o passado no intuito de compreender nossas desigualdades, inclusive, com relação a imensa população de origem afro do Brasil.
Aos que são contra essa posição, sugiro que escrevam um artigo mesmo que curto e me mandem para podermos discutir melhor e observar os pontos de vista.
Cuidado com as fontes, os "intolerantes" também usam de pesquisas renomadas para justificar seu preconceito, basta fazer uma busca rápida em sites neonazistas para vcs. perceberem.
att
Profa. Dra. Ana Maria Dietrich