O documentário acompanha o envolvimento e o apoio da Globo à ditadura militar brasileira, sua parceria com o grupo estadunidense Time Warner (naquela época, Time-Life), algumas práticas vistas como manipulação feitas pela emissora de Marinho (incluindo um suposto auxílio dado a uma tentativa de fraude nas eleições de 1982 para impedir a vitória de Leonel Brizola, a cobertura tendenciosa do movimento das Diretas-Já, em 1984, quando a emissora noticiou um importante comício como um evento de comemoração ao aniversário de São Paulo, e a edição, para o Jornal Nacional, do debate do segundo turno das eleições presidenciais brasileiras de 1989, de modo a favorecer o candidato Fernando Collor de Mello (frente a Luís Inácio Lula da Silva), além de uma controversa negociação envolvendo ações da NEC Corporation e contratos governamentais à época em que José Sarney era presidente da República.O documentário apresenta depoimentos de destacadas personalidades brasileiras, como o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda que na época tinha um programa na emissora,[1] os políticos Leonel Brizola e Antônio Carlos Magalhães, o ex-Ministro da Justiça Armando Falcão, o publicitário Washington Olivetto, o escritor Dias Gomes, os jornalistas Walter Clark, Armando Nogueira e Gabriel Priolli e o ex-presidente do Brasil Luís Inácio Lula da Silva.
A primeira exibição pública do filme no Brasil ocorreria no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), em março de 1994. Um dia antes da estréia, a polícia militar recebeu uma ordem judicial para apreender cartazes e a cópia do filme, ameaçando, em caso de desobediência, multar a administração do MAM-RJ. O secretário de cultura acabou sendo despedido três dias depois.
O filme teve acesso restrito a grupos universitários e só se tornou amplamente visto a partir do ano 2000, graças à popularização da internet.
Na aula do dia 24/10 último,após a exibição de parte do documentário acima,foi feita uma discussão sobre os vários temas abordados no filme.Coube ao meu grupo discutir sobre a Censura,no periodo do Golpe Militar,quando a verdade dos fatos era distorcida de acordo com conveniencia da autoridade de plantão,como aconteceu,por exemplo,no episódio conhecido como Caso do Riocentro;durante um show musical e com a apresença de milhares de pessoas,houve uma explosão dentro de um carro,ocupado por dois militares,no entanto,a primeira versão foi que se tratava de um ato da esquerda.Comentamos também,sobre a censura nos orgãos de imprensa escrita e televisada principalmente,talvez a melhor forma de protestar fosse através da música,uma vez que nem sempre os censores entendiam as letras e as mensagens transmitidas pelas músicas.
ResponderExcluirQuanto à questão da rede, característica notável na ampla difusão incluída no conceito do "Jornal Nacional", é importante salientar a conveniência de se formar um padrão nacional, alienando-o e colocando-o à margem do que acontece de realmente importante. A emissora, então, cria uma necessidade no indivíduo de socializar-se, inserindo em seus contextos, formas e padrões de vida que farão parte não só do imaginário, como do vocabulário e da forma de vida de quem consome seus produtos audiovisuais.
ResponderExcluirVisão que se contrapõe à discutida na aula: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-rede-globo-aliena-o-brasileiro-ou-e-o-contrario
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ResponderExcluirÉ importante salientar a importância das novelas na programação da Rede Globo, para sua ascenção. Com o início da produção de novelas mais "abrasileiradas", a Globo passa a aproximar o telespectador da trama - como com o uso da pobreza (no caso, extremamente distorcida). É interessante, também, a questão das pesquisas de interesse do público, feitas após certo tempo de duração das novelas - assim contribuindo para a aproximação do público. As novelas globais contribuem para o estabelecimento de padrões de vida; bem como as noções de "bom" e "ruim", "certo" e "errado", "bonito" e "feio", entre outros; sendo também instrumento de alienação - relação feita, em sala de aula, com a política de pão e circo.
ResponderExcluirLuana Homma e Lucca Tori
http://www.youtube.com/watch?v=hzINanrH3b4
ResponderExcluirPreconceito Ana Maria Braga e Mv Bill
"Brasil, ame-o ou deixe-o"
ResponderExcluirO slogan desenvolvido e divulgado pelo governo ditatorial tinha um caráter repressor muito significativo, umas vez que, ao criticar as ações governistas, as pessoas eram colocadas como "não amantes" do Brasil e não da forma de governo. Com isso foi possível também colocar, de certa forma, a população contra os exilados. O ato de sair do país era interpretado como a abdicação da nacionalidade brasileira, sendo assim, ou se aceita o regime político ou deixe de ser visto como brasileiro.
Johnny e Raphael Furquini.
http://www.youtube.com/watch?v=BYibDbcb4yI
ResponderExcluirMúsica Panis Et Circenses dos Mutantes, mt interessante observar a crítica a sociedade da época.
Pessoal, gostei muito da discussão do Muito além do cidadão Kane e para conseguirmos vislumbrar alguma solução a primeira coisa é constatar o problema. A leitura da classe foi muito boa e espero que discussões como essa sejam sempre fomentadas no BCH. att
ResponderExcluirProfa. Dra. Ana Maria Dietrich
ps. no aguardo dos grupos que não postaram.